segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Esterilização obrigatória nos centros de recolha de animais"

"Não é um tema novo, mas volta agora a despertar atenção pela recente decisão que obriga à esterilização dos animais abandonados e recolhidos pelos canis municipais. A medida já foi adoptada pelos municípios de Lisboa e do Porto e deverá alargar-se a todo o país. Os números oficiais divulgados pela Direcção-Geral de Veterinária demonstram que mais de 44 mil cães e gatos foram recolhidos pelas autarquias nos últimos quatro anos em Portugal. A estes números, acrescem os que são entregues e/ou abandonados à porta dos canis - agora designados por Centros de Recolha Oficial (CRO) por força do Decreto-Lei 314/2003, que aboliu os termos "canil" e "gatil". A legislação de 2003 obriga também a que todos os municípios tenham um CRO, o que nem sempre se verifica.

Fernando Rodrigues, médico veterinário da Câmara de Valongo e defensor da esterilização, afirma que a lei ajuda à melhoria das condições dos centros de recolha, que nem sempre tinham capacidade para o fazer. Para o veterinário, apesar das melhorias verificadas com a nova legislação, esta ainda peca por ser "muito ambígua". "A nossa competência é o incentivo à esterilização, mas isso tem de ser efectivamente feito pelo Ministério da Agricultura, que devia ter uma acção mais forte junto das clínicas", completa Fernando Rodrigues, que desenvolveu uma tese sobre o Estudo prévio para a implantação de um programa de controlo de reprodução em canídeos.

O veterinário rejeita a ideia de "política de lucro", para os veterinários, uma acusação lançada por algumas associações de defesa dos animais. Todos são, no entanto, a favor da esterilização, mas o que estas associações contestam são os valores praticados. Para o veterinário, o problema não incide nos valores praticados pelas clínicas, antes na falta de comparticipação do Estado, contrariamente ao que acontece, por exemplo, na Alemanha. Neste país, o proprietário paga uma licença vitalícia pelo animal, cujos montantes suportam uma espécie de sistema público de saúde para os animais. Rodrigues defende a realização de protocolos entre as clínicas veterinárias, autarquias e associações de defesa de animais, que permitisse às pessoas com menos posses esterilizar os seus animais."

Fonte: Jornal Público

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

'Adeus eterno!'


"[...] Escutei estas palavras repetidas: 'Adeus eterno!' E ainda várias vezes: "Adeus eterno!" E então eu despertava na minha agitação, gritando: "Não quero mais dormir!" Hoje cheguei a temer a aproximação do sonho, se me deve trazer visões tão dolorosas, cheias de uma vida tão intensa, como as que me perseguiam o cérebro cheio de fantasmas. [...] Considerando que minha vida era mais necessária a outros do que a mim, cheguei a inquietar-me realmente, e detive-me a tempo, mas com um esforço que está a acima de qualquer descrição. Fizesse o que fizesse, parecia como se diz em termos militares, "a morte me saía à frente."

Renunciar ao ópio não era de modo algum libertar-me das angústias que eram "mortais" na correcta acepção do termo; mas, por outro lado, morrer em consequência de espantos nervosos, morrer de febre cerebral ou de loucura, eis as alternativas que se me antojavam. Felizmente, ainda me restava bastante firmeza de carácter para escolher deliberadamente o partido que me imporia mais sofrimentos, mas que me mostrava ao longe a esperança de me salvar definitivamente.
Esta possibilidade realizou-se; pude escapar ao ópio. O desfecho desta nova crise nas minhas experiências achas-se descrito com bastante exactidão nas linhas seguintes, que meus amigos leitores encontraram na primeira edição destas Confissões. Se estas linhas ali se encontram, é que a crise de que falam não foi mais que um esforço provisório que aplainou o caminho para outras crises mais suportáveis, a que meu sistema constitucional se submeteu gradualmente.

[...]
Lord Bacon supõe que é tão doloroso nascer como morrer. Parece provável: durante todo o tempo que consagrei ao diminuir da minha ração de ópio, sofri os tormentos de um homem que passa de um modo de existência a outro e que sente, ao mesmo tempo, ou alternadamente, as dores do nascimento e da morte. O final não foi a morte, e sim uma espécie de regeneração física; assim posso acrescentar que sempre, depois e de vez em quando, fui experimentando uma ressurreição juvenil das minhas faculdades.

Resta-me, todavia, uma herança o meu antigo estado: os meus sonos não são tranquilos. A mortal agitação e o transtorno da tempestade não se apaziguaram de todo; as legiões que acampavam no meu sonho puseram-se em marcha, mas não desapareceram inteiramente. O meu repouso é ainda incompleto, agitado; está como as portas do Paraíso, tal como as viram ao voltar-se os nossos primeiros pais; ainda está como no espantoso verso de Milton:

'Cheio de terríveis rostos e braços ameaçadores'."

(Thomas de Quincey, Confissões de um Comedor de Ópio")

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"A saúde mental dos portugueses"

"Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.



Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.


Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência,
urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez
mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a
casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma
mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão
cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho
presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela
falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar
que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês,
enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à
actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de
escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando
já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com
responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos
números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de
pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência
neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o
estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se
há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso

Médico psiquiatra"


Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no Público, 2010-06-21"

"Alternativas na Educação"

"Neste vídeo de 33 minutos, a InterNICHE investiga novos caminhos na educação científica. Da anatomia à fisiologia, da cirurgia à farmacologia, compilamos experimentos clássicos onde o uso de animais foi substituído por uma variedade de métodos alternativos.Com o foco na obtenção de conhecimento...s e habilidades necessárias para um bom desempenho na profissão, estas novas ferramentas e abordagens são demonstradas por professores que as usam hoje em dia.Alternativas na Educação é um vídeo para professores e estudantes de biologia, medicina humana e veterinária, nutrição, farmacologia, fisiologia, membros de comités de ética e legisladores."



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Bélgica quer esterilizar todos os gatos até 2016"

"O objectivo é ter todos os gatos esterilizados até 2016: um departamento do Governo belga lançou uma proposta que passa por iniciar o processo de esterilização já em 2011 e estendê-lo por cinco anos.

Segundo a imprensa local, o que se pretende é reduzir o excesso de animais das ruas das cidades e chegar a 2016 com todos os animais registados, vacinados e esterilizados, algo que envolverá o Serviço Federal de Saúde Pública.

Para justificarem a medida, as autoridades belgas explicaram que mais de um terço de 37 mil gatos recolhidos em centros de animais abandonados tiveram de ser sacrificados.

Neste momento, dos 589 municípios belgas, 207 já têm algum tipo de plano de esterilização de gatos."


Fonte: Correio da Manhã


Medidas como esta são necessárias também por cá, esterilização de gatos e cães, são a solução para combater o excesso de animais e abates indiscriminados nos canis municipais em Portugal.

...Este é um drama que urge em ser resolvido!


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Petjornal - Um outra forma de divulgar animais para adopção.


PET jornal. Trata-se de um site que gere uma base de dados portuguesa de animais para adopção. O PetJornal é um site simples onde pode encontrar um animal para adoptar ou anunciar animais para adopção.

Para informação mais detalhada -
Petjornal

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Actividade do Canil Municipal de Lisboa"

"Os quadros e gráficos elaborados a partir dos dados sobre a actividade do Canil Municipal de Lisboa podem ser vistos aqui

Podemos concluir que, ao longo do período considerado (2002-2009), entraram cada vez mais animais no canil/gatil de Lisboa (referimo-nos apenas aos animais vivos e a gatos e cães). Nestes últimos 8 anos, entraram, em média, 2 700 animais por ano tendo sido possível garantir uma mesma ordem de saídas através fundamentalmente do abate.

Metade dos animais que entraram no canil foram abatidos e 20% morreram, os restantes 30% ou foram restituídos ou então foram adoptados. A taxa de mortalidade (abates mais óbitos) ronda os 70%.

Face ao aumento de actividade sobretudo das capturas, mas também das entregas de animais, todas as saídas cresceram, por exemplo o abate cresceu 39% em 2009 face a 2002, enquanto o número de óbitos mais do que duplicou, tendo mesmo quadriplicado para o caso dos gatos.

Conclui-se, portanto, que a capacidade de acolhimento não aumentou, pois o aumento das entradas é acompanhamento por igual movimento de saídas, sendo o abate a solução definitiva mais utilizada.

No Canil de Lisboa, em 2009, entraram por dia, aproximadamente, 10 animais no canil. Destes 7 morreram, dos quais 5 foram abatidos.

A informação que existe aparenta alguma inconsistência, sendo apresentada numa óptica de “gestão de stocks”, desconhecendo-se, por exemplo, o motivo do óbito, o tempo de permanência, a capacidade instalada para permanência de animais e quais as condições de vida proporcionadas aos animais que permanecem no canil.

Fica, portanto, um conjunto de questões por responder, tais como, o que é que justifica o aumento tão significativo de óbitos? Quais os cuidados médico ou veterinários prestados? O porquê do aumento das capturas a par do aumento das entregas? Entre os abates praticados pelos veterinários do canil quantos correspondem a animais que são entregues com doenças terminais e com indicação médica de eutanásia?

Estas e outras questões devem ser respondidas por quem detém responsabilidades nesta matéria de forma a que os munícipes de Lisboa compreendam as estratégias seguidas pela CML no que respeita os animais abandonados da cidade. Será que os habitantes de Lisboa querem:

1) continuar a pensar que hoje deram entrada no canil mais 10 animais e que 5 vão ser abatidos?

2) continuar a viver com o horror da falta de solução para os milhares de animais que vivem nas nossas ruas e cujo futuro será a morte?

3) explicar aos nossos filhos que pagamos impostos para que uns senhores tenham a tarefa de capturar o animal, em condições, por vezes, brutais, para o deixar morrer ou então para o abater?

4) continuar a ouvir os animais chorarem e não fazerem nada?

Ou vamos mudar de políticas e encontrar soluções sustentáveis e de acordo com o respeito pelo bem-estar dos animais em harmonia com os cidadãos de Lisboa?

Ficam as perguntas e a vontade de implementar as soluções.

(1) Os dados que servem de base a esta análise têm as seguintes fontes:

Dados de 2002 a 2006 : http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/

Paginas/DetalhePerguntaRequerimento.aspx?ID=38344

Dados de 2007 a 2009 : enviados, a pedido, pela CML, vereação do Dr. Sá Fernandes, em 18 de Junho de 2010"

Fonte: campanhaesterilizacaoanimal.wordpress

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Momento de grande fôlego para o movimento anti tauromáquico"...

"O Partido Pelos Animais (PPA) vai lançar hoje uma petição na Internet para que seja aprovada legislação no sentido de abolir as touradas no país, disse hoje à Agência Lusa o porta voz da organização.

"O objetivo é exatamente pedir que seja aprovada legislação no sentido de abolir completamente as touradas e todos os espetáculos com touros em Portugal", revelou Paulo Borges, em Fátima, onde o PPA participou num protesto silencioso contra alegados maus tratos a animais no santuário.

O responsável admitiu que este "é o momento" para o fazer, atendendo, por exemplo, ao facto de, no mês passado, o Parlamento da Catalunha ter decretado a abolição, dentro de ano e meio, das touradas naquela região espanhola.

"Momento de grande fôlego para o movimento anti tauromáquico"


"Achamos que este é um momento de grande fôlego para o movimento anti tauromáquico em todo o mundo e estamos a aproveitar também esta oportunidade", declarou.

Paulo Borges esclareceu que esta petição sucede a uma outra, subscrita por 8500 pessoas, contra a criação da secção de Tauromaquia no Conselho
Nacional de Cultura, documento que vai ser objeto de discussão na Assembleia da República, adiantou.

Segundo o porta voz do PPA, na sequência desta petição, "fomos recebidos por vários deputados, entre os quais estava o Dr. Defensor de Moura, que nos exortou a apresentarmos uma petição para acabar com as touradas em Portugal".

"Nós já estávamos a pensar nisso. Achámos que era realmente o momento de o fazer e vamos hoje mesmo, já a seguir -- o texto já está criado - vamos lançá-la 'on line'", adiantou.

Catalunha proibiu touradas


O Parlamento da Catalunha proibiu a 28 de julho as corridas de touros naquela região nordeste de Espanha a partir de 01 de janeiro de 2012.

Com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções, o parlamento catalão aprovou a iniciativa legislativa popular, proposta por 180 mil cidadãos que pediam a proibição das touradas, considerada uma das marcas culturais de Espanha.

A Catalunha é a segunda região espanhola a proibir as festas de touros. Em 1991, as corridas de touros foram proibidas na região das ilhas Canárias, na sequência de uma lei regional de proteção de animais. "

Fonte: Expresso.pt

"Dezenas de pessoas em protesto silencioso contra alegados maus tratos de animais em Fátima"


"Dezenas de pessoas participaram hoje, domingo, em Fátima, num protesto silencioso contra os alegados maus tratos de animais no santuário, iniciativa que pretendeu sensibilizar a opinião pública para a situação que os organizadores classificam como "escandalosa".

Concentrados na rotunda sul, os manifestantes, trajados de branco ou preto, envergavam cartazes com a inscrição "Vamos dar voz aos animais" e com frases do Papa João Paulo II ou da madre Teresa de Calcutá, distribuindo aos peregrinos um comunicado a explicar o protesto.

O porta voz do Partido pelos Animais (PPA), que promoveu a iniciativa juntamente com a Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima, fez um balanço "extremamente positivo" do protesto, salientando a presença de pessoas de todo o país "para darem voz aos animais que não a têm e que estão a ser maltratados neste santuário".

Paulo Borges disse esperar que da manifestação resulte "a continuação da sensibilização da opinião pública", mas também "uma maior sensibilização da reitoria do santuário" para um diálogo com as associações que a promoveram e para que considere a sua proposta.

"A nossa proposta é que uma pequeníssima parte das elevadíssimas verbas que são auferidas anualmente no santuário possa ser aplicada na construção de um canil onde os animais possam viver em situações condignas", referiu Paulo Borges, considerando que esta "seria uma actuação perfeitamente de acordo com os princípios cristãos e católicos", além de que "seria uma excelente forma de promover uma boa imagem para o Santuário de Fátima".

Confrontado com o desmentido do santuário, que considerou as acusações de supostos maus tratos a animais como "falsas e caluniosas" e ameaça agir judicialmente contra os autores, e com a investigação da GNR, que concluiu não haver indícios desta situação, o porta voz do PPA remeteu para "reportagens fotográficas" e para outra televisiva.

Por outro lado, salientou que "em Portugal é extremamente difícil que as autoridades se sensibilizem para a evidência de maus tratos aos animais", considerando existir neste âmbito uma "impunidade generalizada".

"Em termos legais, segundo o Código Civil, os animais são considerados meras coisas, portanto há uma falta de sensibilidade das autoridades, há uma falta de sensibilidade jurídica dos magistrados e nós sabemos que é muito difícil levar até às últimas consequências uma investigação deste tipo", observou.

Paulo Borges acrescentou que o que se pretende "é exactamente mostrar que há razões suficientes para não se arquivaram estas investigações, porque há fortes indícios de que os animais são maltratados aqui".

"Pelo menos há uma coisa que o santuário não pode negar: é que os animais abandonados que aqui estão no santuário, que aqui aparecem, são capturados, são entregues à Câmara Municipal de Ourém que, como não tem condições para os manter, vai abatê-los", comentou.

Após o protesto silencioso, os manifestantes vão realizar uma "peregrinação simbólica" até ao local, nas traseiras do santuário, onde alegam que se processam os maus tratos a animais."

Fonte: Jornal de Notícias


Basta de Touradas!

Página de apoio à campanha Basta de Touradas!
Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros em Portugal

Website: http://www.bastadetouradas.com/
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer

Urgente assinar!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Resposta ao comunicado publicado pela Reitoria do Santuário de Fátima"

"No seguimento do comunicado publicado no sítio electrónico da Reitoria do Santuário de Fátima, esclarece-se o seguinte:

- as fotografias que constituem parte do fundamento para o dito protesto são as que se encontram na posse da presidente da Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima (APAAF), entidade organizadora do protesto; qualquer outra fotografia é, no que a este assunto diz respeito, irrelevante;

- o objectivo do protesto não é difamar, caluniar ou denegrir a imagem do Santuário de Fátima ou da Igreja Católica;

- nunca houve qualquer intenção de utilizar a vinda do Papa Bento XVI a Portugal para denunciar a situação dos animais nas imediações e no recinto do Santuário de Fátima;

- o PPA considera ofensivo e demonstração de má-fé o uso do advérbio “habilmente” para qualificar uma campanha difamatória que nunca existiu;

- no que a este assunto diz respeito, ao PPA apenas move a luta pela dignificação das condições de vida dos animais que se encontrem nas imediações e recinto do Santuário de Fátima;

- o objectivo do protesto é denunciar a situação dos animais no recinto do Santuário e exigir a alteração da mesma;

- o objectivo do protesto é divulgar a solução proposta pela Associação Protectora dos Animais Abandonados de Fátima com o apoio do Núcleo de Ourém do Partido Pelos Animais: a construção de um canil/gatil com as condições necessárias para abrigar os animais com a dignidade e o respeito que lhes é devido;

- o PPA encontra-se sempre disponível para, a qualquer momento, iniciar diálogo aberto e franco com os responsáveis pela Reitoria, no sentido de encontrar uma resposta que dignifique não apenas os animais não humanos mas de igual modo os animais humanos, que só no exercício do respeito e compaixão por todos os seres podem encontrar a sua própria plena realização.

Quinta-feira, 12 de Agosto de 2010

A Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais"

Fonte:PPA


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Lisboa – O projecto da cidade mais votado pelos munícipes ainda não passou do papel "

"Julho 14, 2010 por campanhaesterilizacaoanimais

Foi o projecto mais votado pelos lisboetas no orçamento participativo de 2010 mas os representantes do Grupo de Lisboa que estiveram em reunião com o Vereador Sá Fernandes e os responsáveis pelo Canil/Gatil Municipal, no passado dia 1 de Julho, souberam da boca do vereador que o projecto só agora está na Divisão de Obras Municipais para lançamento do concurso de empreitada. Quanto ao inicio das obras que o vereador tinha garantido, na reportagem da RTP do dia 3 de Maio, que se iniciariam após o verão, já estão, a ser atiradas para o fim do ano, isto ainda sujeito “ às contingências habituais” (sic).

Relativamente ao cumprimento dos pontos das Recomendações 11 e 12 aprovadas pela Assembleia Municipal de Lisboa, em 9 de Fevereiro ( ver post, neste site, do dia 9/2 ), o panorama não é mais animador.

As capturas dos gatos prosseguem e os pobres animais continuam nas mesmas deploráveis condições de detenção, em completa violação da Recomendação nº 12. Munícipes que têm adoptado gatos do canil vêm-nos morrer ao fim de poucos dias, depois de contagiarem outros animais da casa.

Os obstáculos levantados pela directora do canil, Dr.ª Luísa Costa Gomes, para os tirar daquelas instalações prende-se, diz ela, com a dificuldade legal de construir um espaço provisório ou mesmo procurar espaços alternativos, porque qualquer novo espaço tem de ser previamente legalizado pela DGV.

Mas o mais ridículo é que o próprio canil não está legalizado pela DGV, por contrariar as normas de detenção dos animais previstas no Dec- Lei 315/2003, pelo que estas preocupações só são invocadas para que nada seja feito que beneficie os animais.

Quanto à discussão do Plano de Implementação da Campanha de Esterilização dos Gatos Silvestres de Lisboa, que é a contrapartida do Grupo de Lisboa para o cumprimento da Recomendação 12, ficou adiada, uma vez que os responsáveis do canil não tinham lido o documento de 20 páginas oportunamente enviado, continuando o Grupo a aguardar a recepção da análise do plano, prometida para daí a uma “semana” pela Drª LCG.

Entre 2002 e 2009 o número de abates de cães e gatos no canil/gatil de Lisboa aumentou 39%. A CML, e em particular a sua directora que já está à frente do canil há muitos anos, deviam ter vergonha destes números e tudo tentarem para alterar a situação. Em vez disso, a má vontade e os obstáculos ao que se propõe, são a postura mais comum.

A morte e sofrimento no canil/gatil de Lisboa é um quotidiano aceite pelos seus responsáveis e só uma atitude enérgica dos munícipes e dos seus representantes na AML mudará isso.

Ver mais informações na coluna da direita, em Distrito de Lisboa- Lisboa

site https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/"

A saga continua...