terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pictures and words...

..."Os meus amigos são todos assim: metade malucos, metade seriedade."...



"Escolho os meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Têm de ter um brilho questionador e uma tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louca e santa.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco….
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho os meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também a sua maior alegria. Amigo que não ri connosco, não sabe sofrer connosco.
Os meus amigos são todos assim: metade malucos, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e a outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois aos vê-los loucos e santos, tontos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil."

Oscar Wilde

domingo, 28 de novembro de 2010

A minha pequenina homenagem a "Canelo".

"Canelo", é um cão muito especial, que durante 12 anos esperou à porta de um hospital o regresso do seu dono...



Toda a história aqui -
Jornal Defesa dos Animais

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Eu sei e você sabe"...



E
u sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.
Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Vinícius de Morais


Pictures and words...

Porque fechar os olhos, não é solução...

Filmes obrigatórios!




Porque adoro elefantes, não pactuo com o que as imagens relatam... Não viajarei para estes destinos, não alimentarei este negócio, este espectáculo decadente e desumano de terceiro mundo. É preciso tomar consciência de que países como a Tailândia são pseudo-paraísos, que encobrem muitos infernos...exploração humana e animal, tudo vale desde que turista goste e pague!...



Neste segundo filme podemos constatar o lado negro do negócio dos "Safaris" e o que este esconde...


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Sexta Feira Mundial Sem Pele [Worldwide Fur Free Friday]"


Próxima sexta-feira, dia 26, acontece em todo o mundo a terceira edição da "Sexta Feira Mundial Sem Pele [Worldwide Fur Free Friday]" - um dos protestos de acção global de maior relevância na luta pelos direitos dos animais. No último ano foram realizados protestos em mais de 120 locais pelo mundo fora...apelando ao fim do cruel comércio de peles de animais.





A data foi criada pela International Anti-Fur Coalition (Coalizão Internacional Anti-Pele) em parceria com o movimento Fur-Free Friday (Sexta-feira sem pele), que é muito popular nos Estados Unidos da América e acontece logo após o Dia de Acção de Graças (dia 25 de Novembro).



domingo, 21 de novembro de 2010

Sinais dos tempos...

Ultimamente tenho reparado com alguma perplexidade no discurso vazio e descaracterizado de jovens adultos na faixa etária dos 30 anos de idade (os chamados trintões), seja ele um discurso escrito ou oral.

Léxico banal, monótono, repleto de abreviaturas e calão, nada diversificado, pouco criativo... sem cair em estereótipos, parece algo mais típico de miúdos de 18/20 anos...

Diálogos sem interesse, demonstrando uma total inexistência de conteúdo e profundidade cultural... Dialéctica supérflua, ambígua, alienada, moradora de uma realidade alternativa e abstraída do mundo que a rodeia... No meio disso tudo, nada se acrescenta de construtivo ou significativo para quem está a receber todo aquele debitar de palavras quase desconexas ou ocas.

Será isto o quê? Reflexo dos tempos, tempos em que já poucos lêem um bom livro, limitando-se a absorver tudo o que o marketing livreiro lança no mercado, sendo que grande parte destes novos livros são escritos por encomenda ou por gente que com QUALQUER pretexto escreve QUALQUER coisa... Outros continuarão fiéis aos livros de quadradinhos ou a ler apenas as notícias "online"... Tudo é de consumo rápido e de literatura não se trata com toda a certeza.

...Não sei o que será, mas que existe um qualquer vazio.... lá isso, existe!


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

À margem ...


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...

Fernando Pessoa

Bastonária da Ordem dos Veterinários discorda de utilização de animais como cobaias para ensino

"A bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários discorda "de todo" da utilização de animais vivos como cobaias nas instituições de ensino superior e anunciou a criação de uma comissão que vai averiguar o que se passa a nível nacional.


Actualmente, a origem dos animais usados pelas instituições de medicina veterinária é decidida pelos conselhos científicos dessas mesmas instituições, explicou ao PÚBLICO Laurentina Pedroso, bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários.

Ainda que saliente que não pode avaliar a veracidade das notícias, Laurentina Pedroso admite que, "enquanto Ordem, não concordamos de todo com procedimentos" como aqueles noticiados. "Tudo deve ser feito com grande rigor e com respeito pelo animal".

Além disso, não existe regulamentação específica para a utilização destes animais no ensino. "O que existe é a consciência de cada um", constatou a responsável, para quem seria "fundamental" a matéria estar legislada.

Para mudar a situação, a Ordem "pretende criar uma comissão de trabalho para avaliar o que se está a passar em todas as instituições de ensino no país, questionando as universidade sobre que tipo de animais usam, e propôr procedimentos de base para todas elas", anunciou a responsável, que também é directora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Lusófona.

De acordo com a sua experiência enquanto directora da faculdade, Laurentina Pedroso garante que os alunos utilizam modelos de animais, cadáveres e animais vivos "só quando o procedimento (como anestesias, cirurgias e exames) possa ser um bem para o próprio animal". Nestes casos, os animais, normalmente vindos de associações, são devolvidos depois das intervenções. "Os animais nas instituições de ensino devem ser usados com o maior respeito", disse.

Quando questionada se a qualidade do ensino sai prejudicada, a responsável diz que "os alunos até aprendem melhor a dar uma injecção num modelo do que num ser vivo porque não têm a preocupação de estar a causar dor"."

Fonte: Jornal "Público"

Cães vivos usados como cobais na universidade

"Ex-alunos de Veterinária revelam experiências com cães enviados pelo canil municipal

Esterilizações, castrações, simulações de cesarianas e anestesias. A todas estas práticas foram sujeitos animais saudáveis enviados pelo canil municipal para a Universidade de Évora e servirem de "cobaias" a alunos do curso de Medicina Veterinária. Depois, eram abatidos.

A situação, ilegal e que viola todos os diplomas que regulam os direitos dos animais, arrasta-se há vários anos, mas só agora foi denunciada ao JN por vários ex-estudantes e actuais veterinários que se mostraram indignados com o recente abate de sete cães no canil, cinco dos quais com processo de adopção em curso.

Os relatos são feitos na primeira pessoa, mas quase todos os autores pedem o anonimato por se tratar de um meio pequeno e da ligação que os une às instituições visadas. "No meu primeiro ano do curso foi utilizada uma cadela para a parte da prática da disciplina de Anestesiologia. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, aquele animal foi anestesiado e acordado. Até que no último dia foi abatido", refere uma aluna. No segundo ano, o cenário piorou, com cães a serem "abertos para aprendermos como se retira órgãos, como o baço. Por ser demasiado cruel, não voltei às aulas".

Cesarianas em não grávidas

Situações confirmadas por uma ex-aluna do mesmo curso e que agora exerce numa clínica em Évora. "Cheguei a simular cesarianas em cadelas que não estavam grávidas e retirei órgãos, como o útero e os ovários". Tudo isto "em animais vivos e sem doenças".

Do Sabugal chega o depoimento de Ana Lúcia, a única veterinária que não teme represálias. Em Maio pagou 700 euros por uma formação em Ecografia na Universidade de Évora (UE), de onde saiu "absolutamente chocada". Recorda terem sido utilizados pelo menos três animais vivos e sem doenças nas aulas práticas e que no final eram eutanasiados. "Estavam cheios de pulgas e carraças. Alguns colegas até foram picados. Uma cliente minha queria adoptar uma cadelinha, mas não foi permitido. As ordens eram expressas, qualquer cão que entrasse no Hospital Veterinário era para ser abatido. Não podia salvar todos, mas ao menos uma poderia ter sobrevivido", recorda.

Ao que o JN apurou, os animais que são enviados para a UE permaneceram no canil pelo menos durante oito dias, prazo a partir do qual a lei define que passam a ser "propriedade" da autarquia. Várias fontes garantem que "a saída é feita de forma regular". Entre as duas instituições existe um protocolo assinado "há cerca de seis ou sete anos" mas que, segundo o responsável do Hospital Veterinário, "apenas para incineração de cadáveres".

Confrontado com as várias acusações que contrariam esta afirmação, José Tirapicos Nunes começou por dizer que as desconhecia "em absoluto" para, pouco tempo depois, admitir que "possam ter ocorrido algumas situações pontuais de exames feitos em animais vivos". Ainda assim, fez questão de frisar que "não houve qualquer sofrimento infligido aos animais, uma vez que todos foram anestesiados". Por outro lado, "o veterinário municipal já tinha decidido que iam ser abatidos. A única diferença é que foram eutanasiados na universidade e não no canil", remata.

Duas ilegalidades

Advogada e sócia de diversas associações de defesa dos animais, Alexandra Moreira diz estarem a ser cometidas "pelos menos duas ilegalidades. Os animais não podem ser utilizados para fins didácticos nem cedidos pelos canis a outros que não sejam particulares ou associações zoófilas".

O presidente da autarquia, José Eduardo Oliveira, remeteu explicações para o veterinário municipal. Às acusações, António Flor Ferreira respondeu assim: "Estou a conduzir e a trabalhar desde as 5 da manhã. Já fechei a loja". Depois, desligou o telemóvel."

Fonte: Jornal de Noticias

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pictures and words...



"Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, questionou hoje o Ministério do Ambiente sobre a falta de actuação do ICNB perante a situação de três ursos"...

"Boa tarde,

A deputada Rita Calvário, do Bloco de Esquerda, questionou hoje o Ministério do Ambiente sobre a falta de actuação do ICNB perante a situação de três ursos que aguardam há cinco anos para serem transferidos de um atrelado de um camião para um local apropriado para o seu acolhimento.

Desde 2005 que três ursos-pardos, apreendidos ao circo Magic e ainda a viver à sua guarda em jaulas sem condições, em Marco de Canavezes, aguardam que o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) efectue a sua transferência para um local adequado.

O ICNB está há cinco anos sem tomar uma decisão sobre esta transferência, apesar do Parque Biológico da Lousã e do Jardim Zoológico de Lisboa já se terem disponibilizado para receber os animais e os Serviços de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA-GNR) para participar no seu transporte.

Agora, em resposta à indignação da população e associações de protecção animal, o ICNB limitou-se a dizer que “ainda não há uma previsão” para a transferência dos três ursos, “porque se trata de um processo muito complexo”, havendo “outras questões que precisam de ser preparadas”.

O Bloco de Esquerda não compreende a morosidade deste processo, já que a apreensão destes animais selvagens deveria motivar uma resposta célere para os colocar em locais adequados, assegurando a sua protecção e bem-estar.
Existindo locais disponíveis para os receber, com condições de acolhimento e tratamento melhores que o local actual e com serviços de apoio técnico e veterinário, não entendemos as reservas do ICNB para avançar com a transferência. Além disso, parece que não tem sido realizado qualquer acompanhamento de proximidade do ICNB em relação a estes animais, já que no local onde estão há 5 anos não são cumpridas condições mínimas de alojamento e alimentação.
A pergunta encontra-se em anexo.


Com os melhores cumprimentos,
Hugo Evangelista
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda"

Por uma campanha global de esterilização de cães e gatos em Portugal...

"A delegação, em representação de mais de 200 figuras públicas signatárias do abaixo-assinado (em anexo com as 213 assinaturas) composta pela campeã olímpica Rosa Mota, a directora do Museu Casa das Histórias Paula Rego, Helena Freitas, o presidente da Opus Gay, António Serzedelo, a autarca Leonor Coutinho, e por 2 elementos da campanha de esterilização de animais abandonados, foi recebida pela Chefe de Gabinete, Engª Gabriela Freitas , uma vez que o Ministro se encontrava ausente.

Explanadas as razões dos subscritores, a Srª Chefe de Gabinete afirmou que a proposta de lançamento de uma Campanha Nacional de Esterilização de Cães e Gatos, coordenada pela Direcção Geral de Veterinária, vai ser ponderada politicamente pelo Sr. Ministro e tecnicamente pela DGV.

Prometeu, uma vez que estão sensibilizados e apoiam a intenção dos signatários, dadas as razões de bem estar animal e saúde pública subjacentes, dar uma resposta até ao inicio de Dezembro.
Foi ainda referido que a Campanha se poderá vir a iniciar através de projectos piloto nalguns municípios.
A Srª Chefe de Gabinete avançou a ideia de se puderem lançar campanhas de sensibilização da população com a colaboração das figuras públicas em causa."

Fonte : Campanha esterilização animal

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pictures and words...

"Ordem dos médicos veterinários promove campanha de esterilização de animais abandonados"

"O aumento de animais abandonados e a consciência de que esta questão é cada vez mais um problema social levou a que a Ordem dos Médicos Veterinários lançasse uma campanha de esterilização de cães e gatos abandonados a começar em Dezembro.

O apelo aos veterinários do país, para que se voluntariem e se juntem a municípios, canis e gatis e faculdades de medicina veterinária para as cirurgias, foi lançado no site da Ordem. A campanha terá início a 18 de Dezembro em Lisboa e as cirurgias vão docorrer em vários locais na área da grande Lisboa em formato de projecto-piloto. Depois a intenção é estender a iniciativa a outras cidades do país como Coimbra, Porto, Vila Real de Trás-os-Montes, Évora e Faro.

Em simultâneo uma petição assinada por cerca de duas centenas de pessoas da sociedade civil foi hoje entregue no Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, para pedir também que cães e gatos abandonados sejam esterilizados para colmatar o problema crescente de animais errantes, situação que, segundo uma das signatárias à agência Lusa, se tem agravado com a crise financeira e com as dificuldades orçamentais das famílias. Margarida Garrido lembrou também a questão humanitária por trás desta iniciativa, que pretende evitar o crescente abate de animais por parte de serviços municipais.

“O material de esterilização é relativamente barato, ao contrário do abate que, entre a recolha, alimentação durante o sequestro, a eutanásia e a cremação sai mais caro às autarquias”, explicou.

Margarida Garrido avançava à Lusa que, anualmente, estima-se sejam abatidos em Portugal cerca de 100 mil cães e gatos. "

Fonte: Jornal "Público"

"Veterinário municipal de Évora acusado de "abater ilegalmente" sete cães"

"Uma advogada e sócia de várias associações de proteção dos animais acusou ontem o veterinário municipal de Évora de ter promovido um "abate ilegal" de sete cães, considerando que se trata de "uma atitude abusiva e até poderá ter contornos de ordem criminal".



"O veterinário municipal dirigiu-se ao canil e abateu sete cães. O mais grave não é o abate dos animais. A questão é que cinco destes sete cães já tinham sido cedidos pelo canil para adoção", afirmou à agência Lusa Alexandra Moreira, que é sócia de várias associações da região.

O caso, que remota à passada quarta-feira, foi denunciado num e-mail enviado por duas veterinárias municipais à Câmara de Évora e que acabou por ser também divulgado em várias redes sociais na Internet. Alexandra Moreira considerou este abate de animais "uma atitude abusiva e que até poderá ter contornos de ordem criminal, relacionados com crime de dano", uma vez que cinco dos sete animais "já estavam inseridos num processo de adoção, faltando apenas entregar os cães aos novos donos".


Segundo a representante da proteção dos animais, o veterinário municipal justificou que o abate ocorreu porque "os animais já estavam no canil há meses e que não podiam lá ficar por tempo indeterminado". Recusando esta justificação, Alexandra Moreira explicou que "os animais já pertenciam a outras pessoas e, portanto, nem sequer eram da responsabilidade do canil".



"Para além da questão da legitimidade para destruir algo que já não pertencia ao canil, também não se percebe a legitimidade do senhor para estar preocupado com as questões dos custo para a câmara quando os animais não constituíam um custo", afirmou.

De acordo com a representante da proteção dos animais, o e-mail que denunciou o caso expõe ainda "outras ilegalidade no canil", como é o caso da "falta de um plano de profilaxia, obrigatório por lei, e o facto de os animais não serem vacinados nem tratados, à exceção de quando são entregues para adoção".

A Agência Lusa tentou ontem contactar com o veterinário responsável pelo canil municipal, mas as várias tentativas revelaram-se infrutíferas."


Fonte: "Os Bichos" JN

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

..."Só o ICNB pode dar destino aos ursos, mas "ainda não há uma previsão" de quando isso acontecerá"...


"São três ursos-pardos - dois machos e uma fêmea -, que cresceram no mundo do circo. Foram comprados ainda pequeninos, criados a biberão dentro das caravanas da família Torralvo e depressa se tornaram numa das maiores atracções do circo Magic. Na pista actuavam sempre juntos - eles retiravam rebuçados da boca do tratador, ela dançava em cima de uma cadeira.

Em 2005 acabaram-se os truques e, por determinação legal, os ursos deixaram de poder actuar em espectáculos por não terem a documentação necessária. "Quando foram comprados, a legislação era diferente e as exigências em termos de documentação também", recorda a filha do proprietário do circo, Odete Torralvo.

Na altura a família ainda pensou em legalizar os animais, mas "as autoridades disseram que já eram muito velhos para continuar a trabalhar, o que não era verdade", garante. Com ou sem ursos, as leis mudaram e o pequeno circo não teve capacidade para acompanhar as alterações. "Passou a ter de ser tudo certificado e isso custa muito dinheiro. Os grandes circos ainda conseguiram responder às exigências, mas mesmo assim com dificuldades", defende. O circo Magic continuou a fazer espectáculos com outros animais e, mais tarde, sem bichos, mas parou há seis meses. "E não sabemos se voltaremos a trabalhar", admite Odete. O chefe da família, Reinaldo Ferreira, já tem 66 anos e teve um AVC recentemente. O próprio negócio "tornou-se uma dor de cabeça". Passou de rentável a fonte de prejuízo.

Mesmo assim, a família Torralvo continua a viver em rulotes em Vila Boa do Bispo, perto de Marco de Canaveses.

Cinco anos e nem uma "previsão" Na altura em que foram apreendidos pelas autoridades, há cinco anos, decidiu-se que a família Torralvo ficaria como fiel depositária dos animais até que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) - a entidade encarregada, nestes casos, de providenciar um destino para os animais - conseguisse encontrar uma casa nova para os três ursos. Contudo, actualmente, o problema nem estará em conseguir um abrigo.

O Jardim Zoológico de Lisboa disponibilizou-se, há cerca de um mês, para acolher os animais de modo que possam cumprir o período de quarentena - procedimento necessário antes de os ursos serem deslocados para um novo habitat. O Parque Biológico da Lousã terá mostrado interesse em os abrigar definitivamente e os ursos "chegaram a ser visitados por técnicos do Parque Nacional da Peneda-Gerês", contou ao i a proprietária. Na altura, o ICNB garantiu que se a proposta do Parque Biológico da Lousã estivesse "em conformidade com a legislação", a situação seria resolvida.

Quase um mês depois, o Jardim Zoológico diz que continua interessado e que só está à espera "de directrizes do ICNB". Fonte do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, que seria responsável por colaborar no transporte dos três ursos, também garante "que está pronta a actuar".

Contactado pelo i, o ICNB diz, no entanto, que "ainda não há uma previsão" de quando poderá ser resolvida a situação dos animais, porque se trata de "um processo muito complexo". Além disso, explica o instituto, ainda há "questões de segurança por resolver e outras questões que precisam de ser preparadas", escusando-se a revelar mais detalhes. "Trata-se de uma mudança que terá de ser bem preparada", limitou-se a explicar o gabinete de comunicação do ICNB.

Enquanto isso, os proprietários do circo desesperam, apesar de garantirem que os animais "são bem tratados". Poderia haver a "possibilidade de os legalizar e tratar da documentação", explica Odete Torralvo, mas "isso custa muito dinheiro" e a família teme que, entretanto, as autoridades determinem outro fim para os ursos.

"Já passou demasiado tempo e mais valia dizerem-nos se deveríamos tentar tratar da legalização. Caso contrário, que lhes arranjem um destino rapidamente", apela. E que esse destino seja "um sítio digno", acrescenta a proprietária, que garante que toda a família está "muito afeiçoada" aos animais.

"Por vezes, as pessoas vêm aqui e pensam que são maltratados, por estarem enjaulados, mas são animais de circo, que sempre viveram assim", esclarece. Outra das preocupações da família é garantir que o patriarca, Reinaldo Ferreira, não esteja presente no momento em que os ursos forem transportados para Lisboa. "Teremos de tirar o meu pai daqui, porque não vai aguentar se os vir a ir embora", explica. Mesmo assim, e apesar da ansiedade de ver "a situação resolvida", Odete Torralvo coloca algumas reservas em relação à possibilidade de os ursos serem postos em liberdade: "São animais que cresceram e sempre viveram em cativeiro. Não estão habituados. Pode ser complicado", alerta."

Fonte: "I" Online

domingo, 14 de novembro de 2010

ESTE NATAL DIGA NÃO AO CIRCO COM ANIMAIS!



"O Circo Chen chegou a Lisboa e está a m...ontar o seu espectáculo no antigo terreno da feira popular. Para quem lá passa já se sente o cheiro dos animais confinados.
No dia 26 de Novembro às 21h30 o Circo Chen vai estar novamente com a RTP a passar o programa "Há Festa em Directo". DIGA NÃO! Os animais não são palhaços!"




...E já agora, o mesmo se aplica aos jardins zoológicos, o habitat natural dos animais não é atrás de grades, nem em espaços limitados para criança ver...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Analogia entre carne de cão e qualquer outro animal, para consciencializar...


...

"Bifes de Labrador, perna de Galgo, hamburguers de Afegão, salsichas de Dachshund e costeletas de Beagle. Estes são alguns dos produtos que têm estado a ser promovidos pela Animal Aid por todos os mercados do Reino Unido desde o início do mês. Exibindo fotografias de cães felizes e saudáveis, correndo livremente ao ar livre, perseguindo bolas ou nadando em ribeiros, com os dizeres “orgânico” e “criado ao ar livre”, os funcionários da roulote oferecem ao público carne de cão, com a garantia de que todos eles foram muito amados pelos seus donos e bem tratados antes de terem sido mortos.



Sejam orgânicos, criados ao ar livre, alimentados com milho ou descansando nos melhores colchões, no final do dia, o destino dos animais criados nas explorações agrícolas é o mesmo. Todos acabam nos matadouros, sozinhos e aterrorizados, pendurados de cabeça para baixo com as pernas traseiras atadas e sangrando até à morte, alerta a Animal Aid.



Esta organização tem estado a documentar a actividade de diversos matadouros no Reino Unido. Com esta campanha, em que oferecem “carne de cão”, a associação pretende alertar o público para a forma como os animais de criação estão a ser mortos. “Enquanto uns são indignos da nossa compaixão, outros são tratados como membros da família”, sublinham."


Fonte: "Os Bichos" JN

Mais desenvolvimentos aqui - Animal Aid

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma pequena conversa sobre a felicidade...

(...)

- "Hoje, para mim, a felicidade não é mais do que um conceito, uma palavra, que se usa para definir um estado abstrato e utópico de ilimitado bem-estar, tendencialmente fantasiado como perpétuo depois de conquistado... Um estado imaginário que advém de um desejo, também sem limites, de concretizar o irreal no plano do real. Um desejo fundado no mais ancestral de nós mesmos, e eternamente frustrado: é como estar constantemente à espera de recuperar o paraíso há muito perdido; é como querer, por exemplo, regressar ao calor e à segurança do colo materno, aos braços de uma mãe contentora, a esse lugar em que um dia talvez tenhamos existido, e que em nós se marcou... Como escreveu Pear S. Buck, o problema, para mim, é passar-se ao lado das pequenas alegrias da vida enquanto se espera por essa "grande felicidade" que poderá não vir nunca. E depois apercebo-me, de quando em vez, que vou visitando esse lugar, em breves momentos em que, sem saber, em mim conjugo real e fantasia..."

- Nem mais, a felicidade é mesmo isso, um conceito abstracto...uma ânsia, nada mais...são momentos, momentos intensos de uma vivência, por norma simples, feita de coisas simples, no entanto, esperamos algo de inteiro, de global, a utopia, essa será sempre isso, a utopia. Normalmente passamos ao lado, desses pedaços de vida...por vezes, por receio de alguma coisa, ou falta de coragem, de iniciativa e capacidade de arriscar...esperamos pelo amanhã, na esperança de que amanhã sejamos felizes...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"Cães ajudam no desenvolvimento das crianças autistas"

Foto: O Melhor Amigo do Homem

"Um estudo recente desenvolvido por investigadores da Universidade de Montreal, no Canadá, concluiu que os cães desempenham um papel importantíssimo no desenvolvimento das crianças com necessidades especiais, segundo o site Softpedia, citando um estudo publicado na revista Psiconeuroendocrinologia. Sonia Lupien, investigadora sénior, professora do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Montreal e directora do Centro de Estudos de Stress Humano do Hospital Louis-H. Lafontaine, e os seus colegas, mediram a quantidade de cortisol presente na saliva de crianças autistas, para detectarem os níveis de stress. O corpo humano produz a hormona do cortisol em resposta ao stress, que atinge o seu pico meia hora depois do acordar e estabiliza ao longo do dia. “Tentámos avaliar o efeito que os cães tinham no nível de stress das crianças em três momentos diferentes: antes e durante a introdução do cão e família e depois de o cão abandonar a família”, explicou Sonia Lupien. Aos pais foi-lhe pedido que preenchessem um questionário sobre o comportamento das crianças nesses três momentos, os revelaram que as crianças revelaram 33 comportamentos problemáticos antes e depois de o cão chegar à família e apenas 25 quando o cão estava com eles. Este estudo permitiu concluir que cães devidamente treinados ajudam a diminuir os níveis de ansiedade nestas crianças e contribuem para incrementar a sua socialização. Lupien acrescentou ainda que a investigação “conclui que os cães têm um verdadeiro impacto nos níveis da hormona do stress nas crianças”.
Há várias décadas que é aconselhado às famílias com crianças autistas a terem um cão, mas este é o primeiro estudo científico que mede o impacto psicológico dos cães nestas crianças."

Fonte: "Os Bichos" - Jornal de Notícias

domingo, 7 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eat, pray and love...

"Eat, pray and love" - acho que é apenas um filme sobre o sentido da vida, sobre a procura de paz e equilíbrio interior, sobre uma busca dentro de nós próprios, antes de qualquer outra coisa, de um amor próprio.
A certa altura da vida, penso que, por um ou outro motivo, nos sentiremos perdidos, desorientados, sem chão, com a necessidade de encontrar respostas para os vazios que existirão em nós, nem saberemos o que procurar, apenas sentimos que poderá eventualmente faltar algo... pode até ser só uma enorme vontade de saciar um apetite, o inalar uma essência, ter apenas vontade de comer, ter vontade de se empanturrar com a vida... uma vontade algures perdida...

O filme fala também da necessidade de aprender que por vezes temos mesmo que saber deixar para trás, largar pesos mortos, aqueles aos quais nos prendemos e que só deixam como consequência frustrações e desânimos, que nos impedem de prosseguir...

A aprendizagem e todas essas descobertas só se revelam maioritariamente quando nos distanciamos do nosso mundo, das nossas coisas e quando nos libertamos de certas amarras. Só assim vemos com claridade o que nos falta e faz feliz, sendo que normalmente são só pequenas coisas, aquelas que já não valorizamos, tais como comer/beber com prazer, rezar/meditar e amar, amar e amar sem receio e livremente...

Contudo, o filme, desaponta quando comparado com o livro, muito nele (no filme) se perde...



Banda sonora - "Better Days" - Eddie Vedder

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Entre o céu e o inferno.

... "A paixão é independente, é música alternativa. O amor é hit parade, é sucesso na rádio cidade. O amor dificilmente viverá sem a paixão e não me venham dizer que o contrário também é verdade, porque pode muito bem ser e daria cabo de toda esta minha tese que conclui precisamente agora."
In "Espero bem que não"


Foto: (c) Carlos Garcia

Li isto e não pude deixar de ficar indiferente, nem deixar de pensar no assunto. Porque é mesmo assim, a paixão é o que cega o amor, a paixão é irracional, é temperamental, é impulsiva, é inconsequente, é o certo e o errado ao mesmo tempo, é o limite, é pele, é autenticidade, é loucura, é desejo, é o incerto, é o que ainda está para vir e o que já chegou. A paixão não tem paciência, não espera, é apressada, vive ao segundo, irascível, impiedosa, sôfrega, empírica. A paixão não tem de ser, a paixão é, sem precisar de mais nada. Não precisa de respostas, não precisa de querer, porque já tem. Não vive de ilusões, e pode ou não ser para sempre, não tem pretensões...porque vive do agora e do presente. A paixão é devoradora, entranha-se, não pede licença para entrar, é selvagem e irreverente, é audaz e mal educada, é o mar revolto e os ventos de uma tempestade, não é segura, mas é viciante. A paixão é um vinho bom, que embriaga, é uma fruta suculenta, é uma montanha russa, é um "sei lá" e um não querer saber, é um nada e é um tudo... Já o amor, é outra coisa bem diferente...

...

É preferível a angústia da busca à paz da acomodação.

In "Meu estranho mundo"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fragilidades...

Foto: (c) Paulo Gomes

Ao longo do tempo, sempre existiu algo que me perseguiu e inquietou o espírito, essa coisa a que se chama perder a lucidez, o equilíbrio mental... enfim, a loucura.
Sempre achei que se fosse médica, seria psiquiatra porque nada me atrai mais que a mente humana... Mas isso, de perder a consciência de quem sou...ideia aterradora...a loucura, será o viver num mundo só nosso, o que não significa necessariamente ser algo de mau... pois nesse mundo alternativo, tudo terá um qualquer sentido, se é que isso importa. Mas o não saber que eu sou eu...não reconhecer em mim os que quero, as coisas que me fazem feliz, os cheiros de que gosto, as músicas, as cores, os animais, as flores, os locais, as minhas referências, as memórias... não me entender comigo mesma, estranhar-me... isso sim, assusta-me. Contudo, a insanidade parece-me um recurso natural da nossa mente, um refúgio, um casulo, um qualquer local dentro do nosso cérebro onde a alma se esconde quando já não aguenta a pressão de um qualquer conflito, de uma qualquer fragilidade...ou a dor da realidade se torna em algo insuportável, talvez ela procure aí um analgésico, uma fuga ao tormento...e cria, dessa forma, a sua própria tábua de salvação...