sexta-feira, 29 de junho de 2012

Partilha de Silêncios - (Republicar...)

Quando na presença de alguém o silêncio cai, o desconforto é a sensação que nos perturba, ficamos na ânsia de que alguma palavra surja e interrompa aquela paragem no tempo. Revemos dentro de nós tudo o que poderíamos dizer ao outro, algo que pudesse encurtar a distância traçada por aquele espaço vazio...


Particularmente, aprecio o silêncio, é absolutamente extraordinário no mistério que fecha e no maneirismo de se expor. É revelador no seu jeito calado e sincero de ser, estando apto a esconder catarses de emoções lidas num sorriso desenhado ou numa lágrima fluida. Incapaz de se retratar num quadro ou de se tocar num piano, o silêncio mostra-se inacessível na concretização do seu Universo.

Contudo, quando conseguimos partilhar essa ausência sem a urgência da preencher, sentimos que algo inesperado acontece; a conexão de que o silêncio é capaz... tornando a cumplicidade na sua evidência. Só neste momento, se desconstrói o medo substâncial que o silêncio afigura...


Foto: "Pedro Miguel R.G."

Ucrânia, país não recomendado!


«Alguma coisa a declarar?» «Sim, não vás à Ucrânia.»

O trocadilho do filme "Snatch" adapta-se bem ao que se tem passado durante este Euro. O governo ucraniano teve uma oportunidade única para promover um país visto com desconfiança pelo resto do mundo. Em vez disso, deu razões a todas as críticas. Os empresários dos ramos turísticos quiseram ganhar fortunas durante o Euro e ignoraram a possibilidade de lucro para os anos seguintes.

Esta postura de gula desmedida começou no próprio preço dos hotéis. Aqueles que aumentaram para o triplo eram os mais baratos. Onde se costuma dormir por 50 euros, dorme-se agora por 500 euros. Até domingo, pelo menos. Face a esta inflação desmedida, quase todos os adeptos preferiram ficar na Polónia e deslocarem-se à Ucrânia apenas para assistirem aos jogos.

A falta de condições continua nos transportes públicos. Redes de autocarros e comboios perfeitamente deficientes, poucas opções horárias, falta de informação e incapacidade de grande parte dos operadores turísticos para se exprimirem em inglês. A estocada final era dada pela desonestidade dos taxistas e pelo convite ao suborno feito pelos próprios polícias. Na Ucrânia ninguém parece imune à tentativa de extorquir dinheiro aos adeptos estrangeiros.

Mitos urbanos

A única nota positiva nesta organização vai para a segurança. Sobretudo pelo que se disse antes do Euro. Muito foi escrito sobre os eventuais perigos da Ucrânia. Uma suposta terra sem lei onde grupos criminosos esperavam pelos adeptos das diferentes equipas para «roubar, estripar e violar». Ouvi a mesma história vezes sem conta. Sobre as grandes redes de tráfico de órgãos. Faziam a abordagem através de prostitutas de luxo. Mulheres lindas com a missão de atrair turistas para casas ou hotéis onde os «talhantes» estariam à espera.

Estes relatos têm circulado na imprensa e nas próprias ruas ucranianas. Talvez tenha sido uma forma encontrada pela população local para meter medo aos turistas e não permitir que estes se sentissem demasiado à vontade com as suas mulheres. Por experiência própria, devo dizer que estas histórias não passam disso mesmo. Mitos urbanos em época de Euro. Nunca me senti inseguro ou em perigo. É preciso andar atento e não seguir estranhos para zonas desconhecidas? Ok, é verdade. Comportamentos básicos que servem para qualquer parte do mundo.

Dinheiro fresco

Por outro lado, várias vezes senti que me tentavam enganar: restaurantes, bares, lojas de conveniência. Os preços eram variáveis mediante a nacionalidade ou grau de alcoolemia do cliente.

Há ainda um estereótipo errado que os ucranianos nunca conseguiram ultrapassar. Uma ideia mal concebida que os levou a facilitar em muitos aspetos: pensaram que os adeptos estrangeiros queriam apenas futebol, álcool e sexo. E desde que tivessem esta oferta, tudo estaria bem. Fizeram o retrato geral usando como exemplo alguns adeptos ingleses para os quais isto chega e sobra. Nunca perceberam que um adepto que acompanha a sua equipa começa por ser um viajante e um turista. Alguém que pode querer voltar. E para isso necessita de ver mais alguma além de álcool e sexo. Precisa de saber onde está, para onde vai, como pode ir, o tempo que vai demorar e quanto custa toda esta mobilidade. Transportes, alojamento, acessos rodoviários ou pedonais e honestidade nas transações financeiras. A falta destas necessidades básicas representa uma perda para o futuro turístico do país e uma tremenda derrota para a UEFA.

Cedo se percebeu que era demasiado difícil e dispendioso chegar à Ucrânia para ver futebol, fosse qual fosse o ponto de partida. Já antes do Euro havia esta certeza. A UEFA fez várias ameaças, porém nunca foi levada a sério pelos ucranianos. Basta falar-lhes no nome de Platini para se começarem a rir. «O país é nosso, o Euro é nosso. Aqui a UEFA não manda nada!» O discurso é comum a todos: lojistas, hoteleiros, polícias, soldados e restante população. «Platini? Não estamos em França.»

Cobradores vaidosos

Seria interessante voltar à Ucrânia daqui por cinco ou dez anos e perceber o que mudou depois deste Euro (ou ver se alguma coisa mudou). O país tem potencial para ser melhor e algumas pessoas estavam realmente interessadas em usar este Euro com boas intenções. Infelizmente, são uma minoria incapaz de inverter o rumo de uma sociedade controlada por poderes corruptos. Desde o governo aos pequenos negócios.

Vi o mesmo filme mais do que uma vez. Um carro de alta cilindrada estaciona em frente de uma loja. Saem dois tipos do veículo. São sempre dois. Bem vestidos, musculados, mal encarados. Entram por pouco tempo e abandonam o local com uma pequena mala ou um envelope. Nem se preocupam em esconder o envelope. Voltam a entrar no veículo se seguem até à próxima paragem.

Tratam-se de cobradores. Homens que vão recolher o imposto de rua a todos aqueles que arriscam trabalhar por conta própria. Tudo isto é feito às claras. Até dá ideia que estes indivíduos têm uma certa vaidade em mostrar aos turistas o que estão a fazer. Um exibicionismo de impunidade.

Há sítios melhores

A Ucrânia é uma nação de contrastes, como muitos outros. Mistura o sorriso das crianças com a impotência e tristeza espelhada nos rostos dos mais velhos. Bastam umas horas neste país para perceber porque há tantos ucranianos a querer voar para outras paragens.

Gostava de ser mais simpático nesta crónica. Adorava poder dizer que não vejo a hora de lá regressar. Contudo, estaria a mentir. À exceção da bonita cidade de Lviv, nunca vi nada na Ucrânia que me leve a colocá-la como um dos próximos 20 destinos de férias. Vale a pena visitar se a nossa equipa lá jogar ou se tivermos de ir em trabalho. Fora estes dois casos, há sítios melhores para gastar dinheiro.

Em termos de imagem internacional, a Ucrânia fez o mesmo que Bruno Alves: rematou à trave e desperdiçou a oportunidade. Ao contrário da Polónia…

Fonte: Jornal "Record".


terça-feira, 26 de junho de 2012

Ainda dou em terrorista.

Sou pacifista.
Não se preocupe, senhor agente do sis que encontrou a palavra “terrorista” numa busca.
É melhor dizer isto também em inglês, não vá o diabo tecê-las:
I’m a pacifist. Please don’t worry, mister cia agent that found the word “terrorista” in a search.

Sei que ser pacifista está fora de moda, mas sou. Não entendo a reserva que os políticos têm em dizer que são pacifistas. Oiço frases como “sou pela paz mas não sou pacifista”, como se causasse sarna. Ou será que seria hipocrisia a mais, até para um politico?

Sou pela paz. Activamente. Pelo desmantelamento dos arsenais, pela proibição das armas de morte. A dar em terrorista, seria com paus e pedras. Ou, sobretudo, com palavras.

E um terrorista é um militar com uma causa. Infelizmente, justa, na maior parte dos casos. É um militar menos cobarde. Não mata carregando em botões ou dando ordens a quilómetros de distância. Ele é a bomba. Ambos condenáveis, mas um terrorista é a ponta visível de um enorme iceberg de descontentamento justificado.

E é com as causas desses descontentamentos que deveríamos estar a lidar. Até porque estão a bater-nos à porta.

Sou por colocarmos os governantes no seu lugar: de nossos empregados. Nós pagamos-lhes para nos organizarem a vida, não para seguirem as instruções dos seus patrocinadores.

Sou pela responsabilização criminal dos políticos, contra a total impunidade, contra a imunidade. Primeiro-ministro que tenha dito em campanha que vai baixar os impostos e depois faça o contrário deveria ser imediatamente indiciado pelo Procurador Geral da República e colocado em prisão. Preventiva e exemplar.

Sou pela abstenção como voto expresso contra este caminho, esta pseudo-democracia. Sou por votarmos em políticas e não em políticos. Estes até podem ser nomeados por mérito, obrigados depois a seguir à risca as políticas em que todos votarmos em referendos periódicos.

Utopia?! Só se continuarmos a deixar que nos levem neste caminho que, mais cedo ou mais tarde, dará em revoltas, tumúltos, motins. A insatisfação, a injustiça, os desequilíbrios continuam a crescer.

Continuamos a deixar os políticos entregarem aos seus patrocinadores a “carninha” do Estado, deixando o osso para todos nós pagarmos. Em impostos, parquímetros, portagens, coimas. Já foram os combustíveis, os telefones, a água, a electricidade, os terrenos, os hospitais. Para breve deve estar a instauração do imposto de oxigénio - a cobrar consoante as dimensões da caixa toráxica do contribuinte; a taxa de oralidade – para, democraticamente, nos manter caladinhos; e o parquímetro de visitação – fiscais à porta dos prédios perguntam-nos quem vamos visitar e por quanto tempo. Se por acaso nos demorarmos, temos que vir cá abaixo enfiar-lhe mais uma moeda no… bom, mantenhamos a compostura.

Até porque sou pacifista. Pela não violência activa. Pelo activismo pacífico mas acutilante. Sou contra a passividade, a inércia, o deixa andar, o conformismo. Contra muito futebol e festivais para nos manter entretidos. Sou pelas manifestações firmes e barulhentas à porta das assembleias ou das residências dos políticos. Sou pelos buzinões, pelos bloqueios populares. Sou por se chamar ladrão a quem o é, mentiroso a quem se diz engenheiro, chulo a quem é boy, parasita a quem vive nas esferas partidárias.

O Estado não existe. O Estado são as pessoas que lá estão. E não são pessoas de bem. Em nome do Estado, cometem os maiores atropelos aos nossos mais básicos direitos. Na maior impunidade. E, se a coisa corre mal, e alguns chatos decidem queixar-se, há sempre as polícias para os assustar, perseguir ou, até, para carregar sobre eles.

E que tal levantar-se desse sofá e fazer alguma coisa? Umas reclamações, uns protestos. Olhe, um blog, por exemplo.

A ver se não chego a ter que dar em terrorista… 

in http://aindadouemterrorista.blog.com/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Lamentável...


"Assinem contra o uso de animais na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2012.


Diretor pode ser processado por usar animais na abertura dos Jogos

Danny Boyle quer usar mais de cem animais vivos na cerimônia de abertura da Olimpíada

Já idealizada pelos seus organizadores, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres pode ser obrigada a sofrer alterações. Isso porque um grupo de seis instituições protetoras dos animais enviou uma carta ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres (Locog, na sigla em ingês), pedindo que o diretor da cerimônia, Danny Boyle, desista de querer usar animais vivos no show, que custará 27 milhões de libras (R$ 85 milhões).

Os grupos ameaçam processar Boyle por infringir a Lei do Bem-Estar Animal-2006 caso ele continue com planos de usar mais de cem animais vivos na cerimônia.
Segundo o site The guardian, os seis grupos - Animal Aid, Animal Defenders International, Captive Animals Protection Society, Compassion in World Farming, Peta e Viva - afirmam que, no local em que estariam - com muitas pessoas, som alto e luzes fortes - os animais ficariam "angustiados" por não poderem exercer o seu instinto natural.
Dirigida pelo cineasta Danny Boyle e inspirada na obra "A Tempestade", de William Shakespeare, a cerimônia de abertura foi batizada como "Verde e Agradável" e teria setenta carneiros, dez galinhas, dez patos, nove gansos, três vacas, três cães, dois cavalos e duas cabras, integrando o "elenco animal".
Os manifestantes sugeriram que os organizadores usassem marionetes de animais e até ofereceram contatos da indústria cinematográfica de Hollywood como alternativa para a utilização dos animais vivos.
O Locog disse que vai trabalhar com a Sociedade Real para a Protecção dos Animais para garantir o bem-estar dos participantes. Boyle brincou, dizendo que os animais seriam mais bem tratados que as pessoas.
Outra reclamação feita pelos grupos é de que o show de abertura daria uma impressão falsa do setor de agricultura britânico, podendo prejudicar as tentativas de reforma dos métodos de agricultura intensiva. A carta também cita uma petição pública assinada por 11 mil pessoas, e pede para que os organizadores "ouçam a voz do povo".
Caso Paul McCartney
Os protestos também podem colocar o ex-vocalista dos Beatles, Paul McCartney, em uma posição difícil. Ele está confirmado na abertura dos Jogos Olímpicos, mas tem trabalhado em estreita colaboração com alguns dos grupos protetores dos animais envolvidos no protesto - ele inclusive narra um vídeo de uma campanha da Peta, uma das seis instituições envolvidas." (...)

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Se conhecesses...


Se conhecesses o mistério imenso
Do céu onde agora vivo
Este horizonte sem fim,
Esta luz, que tudo reveste e penetra,
Não chorarias se me amas!
Estou absorvido no encanto de Deus,
Na Sua beleza sem fim...
Lembra-te dos bons momentos 
Que vivemos juntos
E verás que a saudade também é presença.
Quando estiveres triste, infeliz, chama-me
E eu irei ajudar-te, consolar-te
E verás como é bom Ter um Amigo 
do outro lado.
E quando chegar também a tua vez,
Não chorem os que ficam,
Porque não será um adeus,
Mas simplesmente um até à vista,
E Eu estarei lá para te receber...


Santo Agostinho

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vem sentar-te perto de mim...


Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
    (Enlacemos as mãos.)


Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
    Mais longe que os deuses.


Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
    E sem desassossegos grandes.


Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
    E sempre iria ter ao mar.


Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
    Ouvindo correr o rio e vendo-o.


Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
    Pagãos inocentes da decadência.


Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
    Nem fomos mais do que crianças.


E se antes do que eu levares o bolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
    Pagã triste e com flores no regaço.


Ricardo Reis


terça-feira, 12 de junho de 2012

O meu país...


O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.


Eugénio de Andrade, *O outro nome da Terra*.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Em nome dos milhares de cães e gatos chacinados na Ucrânia, em prol do futebol...

Mais de 60 mil animais abandonados foram barbaramente chacinados na Ucrânia, em nome do Euro 2012...Uma limpeza para que turista e mass média, não se confrontassem qual a triste realidade deste país...Eu vou boicotar todos os jogos deste campeonato... manchado de sangue de inocentes...O desporto não é isto!... 

terça-feira, 5 de junho de 2012

"Holocausto na Ucrânia....tens coragem depois deste massacre de gritar GOLOOOO" ?!

"Matar seres vivos cruel e impiedosamente por causa da merda de um desporto! Mas tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta e os países que vão participar nesta fantochada sabendo o que foi feito para que a Ucrânia parecesse um "país limpo" aos olhos do mundo bem como quem vai assistir a estes jogos manchados de sangue e dor, é tão culpado como o governo deste país de merda!

Depois de saber que milhares de cães estão a ser envenenados, enforcados e até queimados vivos para que as ruas da Ucrânia fiquem mais "limpas e apelativas" aos turistas, vais conseguir ver os jogos do EURO 2012 e gritar GOLO??
Não vires a cara a este massacre, ele é demasiado real e cruel. Toma uma posição. Boicota o EURO2012."




segunda-feira, 4 de junho de 2012

As coisas do tempo...


O tempo seca a beleza.
seca o amor, seca as palavras.
Deixa tudo solto, leve,
desunido para sempre
como as areias nas águas.

O tempo seca a saudade,
seca as lembranças e as lágrimas.
Deixa algum retrato, apenas,
vagando seco e vazio
como estas conchas das praias.

O tempo seca o desejo
e suas velhas batalhas.
Seca o frágil arabesco,
vestígio do musgo humano,
na densa turfa mortuária.

Esperarei pelo tempo
com suas conquistas áridas.
Esperarei que te seque,
não na terra, Amor-Perfeito,
num tempo depois das almas.

Cecília Meireles

Também existem na Ásia, bons exemplos...

Campanhas de controle de natalidade de cães abandonados no Bhutan. Um exemplo raro em prol dos animais, na Ásia.

Desenvolvimento aqui - HSI’s Bhutan Project Extended

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Eu Simplesmente Amo-te.

Eu amo-te sem saber como, ou quando, ou a partir de onde.

Eu simplesmente amo-te, sem problemas ou orgulho: eu amo-te desta maneira porque não conheço qualquer outra forma de amar sem ser esta, onde não existe eu ou tu, tão intimamente que a tua mão sobre o meu peito é a minha mão, tão intimamente que quando adormeço os teus olhos fecham-se. 


Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"