terça-feira, 31 de julho de 2012

Adeus ao champô!




Há quem não consiga passar mais de 24 horas sem champô e há aqueles que não o usam há anos. Os adeptos do No Poo Movement acreditam que os químicos dos champôs prejudicam mais do que ajudam. A solução? Usar apenas água e deixar os óleos naturais do cabelo fazer o “trabalho sujo”.

À primeira vista este método pode parecer uma ideia de um projecto naturalista radical. De facto, falámos com uma dermatologista e um cabeleiro e nenhum dos dois tinha ouvido falar do No Shampoo Movement (No Poo) . Mas os relatos de experiências estão um pouco por toda a web. Há blogues especializados para partilha de experiências e nem as celebridades escapam. Robert Pattinson, Adele, Jessica Simpson e o príncipe Harry já revelaram que o champô não é um habitué nos seus cuidados capilares.

Uma pesquisa simples pelo termos “No Poo” devolve-nos um universo de informações distintas, ainda que existam poucas referências relativas a Portugal. Antes de mais, é importante distinguir No Poo de Low Poo. A rotina No Poo implica que se desista totalmente do champô. As lavagens fazem-se apenas com água sem por isso descuidar a massagem do couro cabeludo. Para a manutenção pode recorrer-se esporadicamente a misturas caseiras de ingredientes como o bicarbonato de sódio ou o vinagre de maçã. Já quem não consegue passar sem champô recorre ao método Low Poo, ou seja, reduz ao máximo o número de lavagens com champô, utilizando preferencialmente um que não seja composto por sulfatos.

Para a dermatologista Vera Monteiro Torres, a distinção entre usar champô com menos frequência ou aboli-lo por completo é muito significativa: “O número de lavagens deve ser adequado a cada pessoa e, se há quem consiga passar uma semana ou mais apenas com uma lavagem, isso não tem problema”. Já quando se trata de recorrer apenas a água a questão muda de figura. “A água desempoeira e remove os vestígios de poluição, mas não remove a gordura que se acumula nas raízes e no couro cabeludo”, explica a dermatologista.

Abdicar do champô é um dos conselhos dados no livro Curly Girls: The Handbook (2001), escrito por Lorraine Massey e Deborah Chiel. As autoras propõem o No Poo como uma alternativa revolucionária para obter caracóis e cachos mais saudáveis e bem definidos. Os adeptos deste método partem do princípio de que o champô remove o sebo capilar, gordura naturalmente segregada pelo couro cabeludo. Assim, para fazer frente à acção agressiva do champô, o couro cabeludo produz ainda mais gordura, o que vai gerar oleosidade extra no cabelo. A fim de remediar este problema, serão precisas lavagens mais frequentes que acabam por estragar as pontas. Vemo-nos então obrigados a usar mais produtos, como condicionadores e máscaras e não tarda estamos presos num ciclo vicioso de produtos e lavagens.

Partilhar experiências
Foi precisamente por se sentir presa nessa rotina que Amber decidiu partilhar no blogue Fulfilled Homemaking a sua experiência: “Ao segundo dia sem o lavar o cabelo ficava demasiado oleoso”. Amber encontrou no método No Poo um desafio, decidiu experimentar e documentar com fotografias o decorrer de seis semanas sem recorrer a champô. O processo não foi fácil - nem rápido. No final da primeira semana o cabelo encontrava-se extremamente oleoso, mas, para a blogger, oleoso é muito diferente de sujo. Durante os banhos passava o cabelo por água, o que eliminaria a sujidade e não os óleos naturais do cabelo. “No fim da segunda semana já consigo ver algumas melhorias que me motivam a continuar”, lê-se no blogue. Um mês depois o cabelo começou a ganhar caracóis e à sexta semana Amber escreveu: “Há anos que o meu cabelo não estava tão bem”. Na fotografia que acompanha este post não há sinais visíveis de excesso de oleosidade. Desde então recorre ocasionalmente a uma mistura de bicarbonato e extracto de melaleuca (tea tree). Actualmente, encontrar uma embalagem de champô em casa de Amber é tarefa impossível: o No Poo conquistou toda a família.

Antes de deixar o champô, a rotina de Amber levava-a a lavar o cabelo diariamente e é possível que isso tenha contribuído para a produção exagerada de oleosidade que a incomodava. “Nalgumas pessoas lavar a cabeça com demasiada frequência pode levar a um aumento da secreção sebácea: quanto mais se lava, mais sebo é produzido”, afirma Vera Torres Monteiro, dermatologista. Nestes casos, controlar o número de lavagens pode ajudar, mas, para a especialista, abdicar do champô não trará benefícios aparentes: “uma higiene e lavagem adequadas trazem saúde ao cabelo”. Também o cabeleiro Eduardo Beauté partilha deste ponto de vista. Para ele, “o cabelo deve ser lavado quando precisa. Mesmo que não seja diariamente, passado uns dias vai ser necessário”.

Champôs há muitos
A palavra champô vem do Hindi champo, que significa massagem. O termo foi depois aplicado no século XIX a um tratamento de limpeza do couro cabeludo. Mas o champô como o conhecemos hoje só se democratizou nos anos 1930. Desde então as fórmulas mudaram mas alguns componentes mantiveram-se. “A sociedade e o mundo evoluíram constantemente e a oferta mudou. O No Poo parece ter sido inventado por pessoas que não conhecem a qualidade de alguns produtos que há no mercado. Claro que há champôs agressivos, mas não faz sentido radicalizar”, conclui Eduardo Beauté.

Os dois especialistas concordam que, em questões de saúde e higiene capilar, o segredo está na qualidade dos produtos a usar. “Existem alternativas mais suaves e até naturais”, afirma Eduardo Beauté. Numa grande superfície é possível comprar qualquer um dos tipos, basta saber o que procurar. Vera Torres Monteiro explica: “Os champôs mais alcalinos contêm na sua composição um detergente (lauril sulfato de sódio) que os pode tornar mais agressivos para o cabelo. Mas também há os anfotéricos que são mais suaves graças a uma substância, a Cocamide Propil Betaína, e quase não têm detergência”.

“Com os produtos que temos hoje no mercado, abdicar do champô é um grande retrocesso”, conclui Eduardo Beauté. Para o cabeleireiro, o No Poo não se apresenta como uma boa alternativa: “Imagine-se o que seria tomar banho só com água, ou uma vez por semana. Não é higiénico, é um disparate”. Já a dermatologista considera que seriam necessários alguns anos de investigação para desmistificar cientificamente a eficácia deste método, mas que, até ao momento, não há razão para acreditar que este “andar para trás” seja preferível. Ainda assim, é de prever que os sites dedicados a este fenómeno continuem a propagar-se e com eles o número de pessoas dispostas a experimentar uma vida livre de champô.

Fonte: Jornal "Público online"

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Levar animais de estimação para fora do país...

Porque neste país virou "moda" emigrar E DEIXAR para trás os animais de estimação, aqui estão possibilidades de transporte de cães, gatos, etc de forma prática e segura pelo mundo fora...Já que as normais companhias de transporte aéreo complicam demais a prestação desse serviço, para não falar no facto de tratarem os animais como coisas; carga, bagagem...e cobrarem o preço pelo peso dos animais... Enfim, desencoraja qualquer dono preocupado...

Aqui fica - Animalcouriers e ainda Intercourier.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

S.O.S Lobos Ibéricos! - "NÃO DEIXE OS LOBOS SEM ABRIGO!"



A
reserva de Lobos Ibéricos em Mafra, corre o risco de fechar...Para o evitar a organização "Grupo Lobo" - está a levar a cabo uma campanha de angariação de fundos, para conseguir comprar o terreno onde habitam os lobos. 
Se possível divulga, contribui, não deixemos que o Lobo Ibérico se extinga!
Não fiques indiferente!!!

Informações mais detalhadas » Grupo Lobo e Help the Iberian Wolf

Países da África Central unem-se contra a caça furtiva.


Uma coligação entre 10 países da África Central anunciou nesta sexta-feira um novo plano de combate à caça furtiva devido à escalada da violência e crimes sobre a vida selvagem. Este projecto para os próximos cinco anos foi anunciado durante uma reunião da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), em Genebra, na Suíça.

Com um financiamento de aproximadamente 11,5 milhões de euros, os países-alvo, vão procurar financiar as agências policiais nacionais, criar patrulhas conjuntas entre os países que façam fronteiras, angariar mais informantes dentro do tráfego e reformular a legislação, para que seja mais apertada para os incumpridores. 

Este plano surge num momento muito delicado em que os ataques à vida selvagem e o nível de violência têm aumentado. Ainda na passada terça-feira, 30 elefantes foram massacrados no Chade por um grupo de milícias, deixando órfã uma cria com duas semanas. Em Março, cerca de 400 elefantes foram mortos em poucas horas num parque dos Camarões, por um gangue sudanês.

A população de elefantes na África Central, entre 1995 e 2007, diminuiu perto de 50%, principalmente devido à caça furtiva. Já a caça ilegal de rinocerontes aumentou 3.000% entre 2007 e 2011.

As vidas humanas também não têm escapado a estes “assaltos”. Em Junho, um ataque contra a reserva Okapi Wildlife , na República Democrática do Congo, causou a morte de sete pessoas. O ataque terá sido uma retaliação dos esforços da equipa de guardas florestais para impedir a caça ilegal e outras actividades ilícitas. Nos últimos dez anos, foram mortos 183 guardas dos parques da República Democrática do Congo.

Muitos investigadores afirmam que parte do problema está relacionado a pobreza e a instabilidade política instalada em muitos países-alvo. Este cenário faz com que crimes contra a natureza seja uma actividade altamente rentável e de baixo risco. 

Os 10 signatários da iniciativa são Burundi, Camarões, Chade, República Centro-Africana, Guiné Equatorial, República do Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Ruanda e São Tomé e Príncipe.

Fonte: Ecosfera - Público

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não deixe os animais fechados em carros...isso pode matar!


Elisabetta Canalis, modelo italiana e ex-namorada de George Clooney, fez um anúncio publicitário para a PETA, organização não governamental que defende os direitos dos animais. No anúncio, a modelo demonstra os riscos de deixar um animal fechado no carro nas horas de maior calor.

A modelo italiana e ex-namorada de Gorge Clooney, Elisabetta Canalis, utilizou toda a sua sensualidade para chamar a atenção para os comportamentos irresponsáveis com os cães nessa época do ano.

No anúncio, a modelo exemplifica o comportamento de um cão quando é deixado no carro, fechado, durante as horas de maior calor.

Canalis, tal como acontece com muitos animais, é trancada num automóvel num estacionamento e aparece confusa, assustada e exausta.


Por fim, acaba por “morrer”, tal como acontece com muitos cães. Nos últimos anos, várias modelos “despiram-se de preconceitos” e entratram em campanhas publicitárias da PETA.

Fonte: "Anda"



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para que serve a utopia?

A utopia está lá no horizonte.
Aproximo-me dois passos, ela afasta-se dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte avança dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.
(Eduardo Galeano)

terça-feira, 24 de julho de 2012

A esterilização de cães e gatos deveria ser uma obrigação, não uma opção...para o bem deles.


"Infelizmente, e embora sejam incrivelmente inteligentes, os animais ainda não aprenderam a pôr um preservativo", diz Morrissey em comunicado. "E, por isso, milhares de animais são abatidos em canis sobrelotados e muitos outros milhares estão desesperados à espera que os adotem. Deixar os cães e os gatos ter ninhadas é o mesmo que matar os animais dos canis com um tiro na cabeça, uma vez que acaba com as hipóteses de serem adotados. Por favor, façam o que deve ser feito e esterilizem os vossos animais".

sexta-feira, 20 de julho de 2012

..simples segredo...

No fundo, as relações entre mim e ti cabem na palma da mão: onde o teu corpo se esconde e de onde, quando sopro por entre os dedos, foge como fumo um pequeno pássaro, ou um simples segredo que guardávamos para a noite. 

Nuno Júdice, "O Movimento do Mundo".

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Animais também têm consciência, dizem neurocientistas.


Um grupo de 13 neurocientistas, incluindo o canadense Philip Low, criador do iBrain, dispositivo que vai ajudar o físico Stephen Hawking a se comunicar usando a mente, assinou uma declaração neste sábado em Cambridge, na Inglaterra, afirmando que animais, como pássaros, macacos, elefantes, golfinhos, polvos, cães e gatos, possuem consciência, assim como os seres humanos. É a primeira vez que um grupo de especialistas da área se reúne para emitir um comunicado formal admitindo que os seres humanos não são os únicos a gozarem de consciência, segundo apontou Low, que também é professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology, nos EUA).

O anúncio foi feito durante a Francis Crick Memorial Conference, na Universidade Cambridge, na Inglaterra. Treze especialistas se reuniram para apresentar os últimos resultados científicos em pesquisas que tentam reinterpretar a consciência.

Os cientistas pretendem mostrar que ao analisar o sinal cerebral de humanos e outros animais, é possível encontrar semelhanças básicas. “A neurociência está evoluindo rapidamente por causa do avanço tecnológico e por isso precisamos tirar novas conclusões”, disse Low. “As evidências mostram que os seres humanos não são os únicos a apresentarem estados mentais, sentimentos, ações intencionais e inteligência”, afirmou. “Está na hora de tirarmos novas conclusões usando os novos dados a que a ciência tem acesso.”

Lido em Agência de Notícias de Direitos Animais.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

R.I.P Lennox...

Agora no céu dos cães, finalmente livre...Lennox, mais uma vitima da ignorância e prepotência do ser humano...O preconceito e especismo assassinou um inocente que teve a pouca sorte de nascer com o aspecto físico errado... 
Que mal ficam a Irlanda do norte e o Reino Unido na fotografia...

«Se houver, como dizem que há, um Céu dos Cães,
é lá que quero ter assento, a ver a luz a minguar no horizonte,
com a sua palidez de crepúsculo num retrato da infância.
Hei-de então bater à porta e pedir para entrar,
e sei que eles virão, contentes e leves, receber-me
como se o tempo tivesse ficado quieto nos relógios
e houvesse apenas lugar para a ternura,
carícia lenta a afagar o pêlo molhado pela chuva.
Então poderemos voltar a falar de felicidade
e de mim não me importarei que digam:
teve vida de cão, por amor aos cães.  

in "Amados Cães" de José Jorge Letria
História de Lennox - Save Lennox

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cães protegem bebés de algumas infeções.


Os bebés que têm contacto com cães têm menos infeções nos ouvidos e doenças respiratórias do que aqueles cujas casas não tem qualquer animal de estimação, conclui um estudo divulgado hoje pela France Press.

O estudo, publicado na revista Pediatrics, não explica por que razão isso acontece, mas sugere que o contacto com um animal que passa uma parte do dia no exterior pode reforçar o sistema imunológico da criança no seu primeiro ano de vida.

O menos acontece com as crianças em contacto com gatos, embora o efeito observado pelos investigadores seja menor.

Os investigadores observaram 397 crianças finlandesas, entre as nove e as 32 semanas de vida, cujos pais foram anotando diariamente o estado de saúde dos seus filhos.

Em geral, as crianças cujas casas tinham cães ou gatos tiveram 30% menos de sintomas de doenças respiratórias - como tosse, rinite e febre – e cerca de metade de probabilidades de desenvolver infeções nos ouvidos.

A proteção mais eficiente foi observada em crianças que tiveram um cão presente dentro de casa até seis horas por dia, em comparação com aquelas que não tiveram contacto com os animais ou cujos cães estavam no exterior da casa.

“Acreditamos que o contacto com os animais pode ajudar a fortalecer o sistema imunitário, traduzindo-se em respostas imunitárias mais eficientes e a períodos mais curtos de infeção”, explicaram os especialistas do Hospital Universitário de Kuopio, na Finlândia.




In "Os Bichos" - JN

terça-feira, 3 de julho de 2012

Um verdadeiro santuário para aves, muito ameaçado!


Por favor, assinem a petição e ajudem a salvar um dos poucos redutos naturais e selvagens do Algarve... - "Save Salgados, a unique internationally recognized birding"



Lagoa dos Salgados ameaçada por projecto de mais quatro mil camas
30.06.2012
Idálio Revez

Nas proximidades da lagoa dos Salgados, em Albufeira, vai nascer mais um empreendimento turístico - um projecto de quatro mil camas, com campo de golfe. A associação ambientalista Almargem, em defesa da zona húmida, apresentou queixa à Comissão Europeia contra o Estado português por não ter aplicado, "em devido tempo, o direito comunitário em matéria de conservação da natureza, em particular a directiva Aves".

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) também já tinha manifestado, há três semanas, a intenção de se queixar às entidades europeias por causa do risco de milhares de aves aquáticas ficarem com os ninhos em sequeiro. O novo aldeamento desenvolve-se a norte da Praia Grande, numa área de 359 hectares. O projecto, à luz das novas regras do Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve não poderia ser licenciado, mas faz parte dos grandes investimentos que transitaram com "direitos adquiridos". A proposta de investimento surge por iniciativa do grupo Galilei (ex-Sociedade Lusa de Negócios).

Os ambientalistas, em comunicado, realçam que esta empresa foi a "tal que ficou associada aos escândalos do BPN, recentemente condenado pelo Banco de Portugal". O local, perto da lagoa dos Salgados, serve de zona "tampão" entre a massificada praia de Armação de Pêra e Albufeira, onde há milhares de camas por ocupar, promovidas por empresas em situação de insolvência, ou financeiramente asfixiadas.

A Almargem lamenta que a lagoa dos Salgados não seja objecto de qualquer estatuto de protecção especial legal e continue a ser "vítima da incapacidade por parte do Estado português em aplicar a legislação comunitária." Por outro lado, a SPEA acusou a Administração da Região Hidrográfica (ARH) de "privilegiar os interesses privados relacionados com o campo de golfe [dos Salgados] em detrimento do interesse público". Em causa está a utilização da água da lagoa para regar o golfe, enquanto as aves aquáticas correm o risco de morrer por falta de água.

A zona dos Salgados, salientam os ambientalistas, constitui "um dos últimos redutos do litoral algarvio não ocupados pelo betão". Nesse sentido, insurgem-se contra mais um megaprojecto a erguer nas imediações de uma lagoa de grande importância para as aves aquáticas, "estando confirmado como local de nidificação de 45 espécies". Este projecto, tal como algumas outras manifestações de interesse em grandes investimentos no Algarve, não tem data para o arranque das obras. Mas a conclusão está prevista para finais de 2023 - dois hotéis de cinco estrelas, um hotel de quatro estrelas, dois aldeamentos, um campo de golfe e uma zona comercial.

Segundo a organização ecologista algarvia, o projecto foi "apadrinhado" pela Câmara de Silves, com o patrocínio do Governo, que se fez representar na cerimónia de apresentação, pelo director regional de Economia, Gilberto Viegas. O apelo ao betão feito pela autarquia - acusa a Almargem - significa "hipotecar parte do seu património natural". A proposta de novas obras, recorda a associação, surge numa altura em que a "bolha imobiliária" já dá sinais de rebentar. Ali ao lado, na vizinha Armação de Pêra, está o retrato de uma das localidades que tem prédios a mais e praia a menos para os milhares de visitantes que recebe todos os anos.

Projecto em cinco fases

A Almargem justifica a queixa à Comissão Europeia com a ausência de estatuto de protecção da zona húmida, da deficiente gestão e das ameaças que pendem sobre os valores naturais em presença. O estado a que as coisas chegaram, alegam os ambientalistas, aconteceu porque "o Estado português não aplicou em devido tempo o direito comunitário em matéria de conservação da natureza, em particular da directiva Aves". O projecto da Praia Grande prevê a criação de 416 postos de trabalho directos e 1100 indirectos na primeira fase, que engloba a maior parte do projecto, com cinco fases.

No total, o projecto desenvolve-se em 359 hectares, com 919 camas (373 nas três unidades hoteleiras e 546 nos seis aldeamentos turísticos) e um campo de golfe de 18 buracos na zona envolvente da área residencial. O primeiro dos dois hotéis de cinco estrelas previstos deverá ficar concluído em meados de 2017, o segundo em finais de 2018 e o hotel de quatro estrelas tem conclusão prevista para meados de 2023, ano em que também chegarão ao fim as obras do segundo aldeamento da primeira fase de trabalhos.

Falta autorização superior para obras

A lagoa dos Salgados é alimentada, durante o Inverno, por duas ribeiras, mas nesta altura a água que dispõe é proveniente dos efluentes da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Albufeira Poente, que substituiu a antiga ETAR de Pêra. 

O campo de golfe utiliza uma parte da água desta zona húmida para regar, e em anos do seca ocorre um conflito de interesses - quem fica a perder são os pássaros. Embora exista um plano de gestão, aprovado em 2008, ainda não foi posto em prática. 

A empresa Águas do Algarve propôs-se levar a cabo obras de saneamento básico, que passariam por intervir ao nível da requalificação do espaço lagunar, com obras no valor de um milhão de euros, mas não avançaram porque não obtiveram autorização superior.

Fonte: "Ecosfera - Público".

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cães na praia: o que diz a legislação portuguesa.


Nesta altura do ano, são sempre mais do que muitas as dúvidas se podemos (ou não) levar o cão à praia. A resposta varia de praia para praia. Por isso, seguem os devidos esclarecimentos: 

"Primeiro há que definir as praias em dois grandes grupos: praias concessionadas e não concessionadas. Nas primeiras existe uma entidade responsável pela praia e pelas condições que esta apresenta aos seus utentes durante toda a época balnear. Neste caso o concessionário tem de corresponder a determinada legislação (obrigatoriedade de existência de balneários, vigilância, restauração, etc) e é fiscalizado pela Polícia Marítima, autoridade encarregue de todas as praias deste tipo. 

Nas praias não concessionadas, tal como o próprio nome indica, não existe uma atribuição de concessão durante a época balnear (praias selvagens) e a responsabilidade é da câmara municipal correspondente sendo o órgão de fiscalização a Polícia Municipal. Caso a praia seja concessionada mas fluvial ou lacustre (lago) os responsáveis são igualmente a câmara municipal e o órgão fiscalizador a Polícia Municipal. Feita esta distinção e passando ao que interessa, os nossos animais: 

 - Não podem, sob circunstância alguma frequentar as praias concessionadas durante a época balnear, sejam elas marítimas, fluviais ou lacustres, com excepção dos abrangidos pelo Decreto-Lei nº 74/2007 do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, (DR nº 61, 1ª série) que consagra o direito de acesso das pessoas com deficiência acompanhadas de Cães de Assistência a locais, transportes e estabelecimentos de acesso público. 

 - Podem frequentar qualquer praia não concessionada, seja ela marítima fluvial ou lacustre, durante todo o ano, desde que não haja sinalização com indicações em contrário providenciada pela respectiva câmara municipal. 

 Quando às autoridades fiscalizadoras, quem pode passar a multa? Se se encontrar em transgressão permanecendo com o seu cão numa praia marítima concessionada a responsabilidade da autuação é da Polícia Marítima. Por outro lado, para que o cão seja removido da praia será necessário recorrer à Polícia Municipal acompanhada do Médico Veterinário Municipal. Poderá haver também intervenção das Equipas de Fiscalização do SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana) que actua normalmente caso haja uma denúncia da infracção. Além destes serviços existem ainda as autoridades locais que, embora não sejam responsáveis pelas praias especificamente, são-no pela manutenção da ordem pública e poderão também intervir no caso de uma transgressão deste tipo autuando o infractor ou chamando a sua atenção. 

Resumindo, se estiver numa praia concessionada com o seu cão durante a época balnear qualquer força policial poderá dirigir-se a si e aconselhá-lo a sair ou autuá-lo. Conforme a zona costeira o valor da multas pode ser diferente. Por exemplo na zona que abrange as praias de Cascais até Peniche pode variar entre os 55 e os 550 euros. 

 A que período corresponde a época balnear? A época balnear tem decorrido de 1 de Junho a 30 de Setembro mas pode haver excepções. A Lei n.º 44/2004, de 19 de Agosto, define o regime jurídico da assistência nos locais destinados a banhistas visando a garantia de segurança destes nas praias marítimas, fluviais e lacustres, reconhecidas como adequadas para a prática de banhos, e determina: 

 - A época balnear pode ser definida para cada praia de banhos em função das condições climatéricas e das características geofísicas de cada zona ou local, das tendências de frequência dos banhistas e dos interesses sociais ou ambientais próprios da localização; 

 - A época balnear é fixada por portaria, sob proposta das autarquias, e após análise prévia de harmonização e procedência técnica por parte da administração; - Na ausência de proposta a época balnear decorre entre 1 de Junho e 30 de Setembro de cada ano. A época balnear varia então conforme a praia pelo que, se quiser informar-se, deverá contactar a autarquia local." 

Fonte da informação: www.animalia.pt

Lido em "MS Petsitting".

domingo, 1 de julho de 2012

BEAUTIFUL.


"Man is timid and apologetic; he is no longer upright; he dares not say 'I think,' 'I am,' but quotes some saint or sage. He is ashamed before the blade of grass or the blowing rose. These roses under my window make no reference to former roses or to better ones; they are for what they are; they exist with God to-day. There is no time to them. There is simply the rose; it is perfect in every moment of its existence. Before a leaf-bud has burst, its whole life acts; in the full-blown flower there is no more; in the leafless root there is no less. Its nature is satisfied, and it satisfies nature, in all moments alike. But man postpones or remembers; he does not live in the present, but with reverted eye laments the past, or, heedless of the riches that surround him, stands on tiptoe to foresee the future. He cannot be happy and strong until he too lives with nature in the present, above time."

-from the Essay on Self-Reliance, Ralph Waldo Emerson.