Houvesse alguém capaz de me explicar como se pretende que o usufruto daquilo que se faz em Portugal, em termos culturais, seja, nada mais que uma mera alucinação. Diz-se que em detrimento do cinema, seria útil a escolha por uma representação teatral, ida a uma galeria de arte - visionar um exposição ou mesmo atentar os museus... sim senhora, talvez pelo caminho concordasse, não fosse o facto de um bilhete para assistir a uma sessão de cinema, custar 5€ e uma entrada no teatro ficar pela irrisória quantia de 15€, o desequilibrio é evidente (para já não falar nos concertos de música, nomeadamente a ópera - absolutamente inacessível). No contexto sócio-económico em que nos integramos, como podemos nós darmo-nos a estes luxos?!
Os livros centram-se num outro estigma, apela-se à leitura, ao conhecimento, e quando somos impelidos por aquela vontade exacerbada de adquirir o tal romance, o tal escritor, deparamo-nos com aquele impune obstáculo que se determina por mais de 15€ + IVA cada. Nem mesmo as promoções lhe valem... É caso para se dizer: "assim vai a amargura da nossa cultura".
Esta não é, definitivamente, a melhor forma de combater o marasmo que tende em instalar-se no intelecto de um país, subjugado por uma pesada herança que teima em perder-se pelo desinteresse... pelo comodismo de uma elite.
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