(...) "As pessoas grandes gostam de números. Se lhes falam de um novo amigo, nunca interrogam sobre o essencial.
Nunca perguntam: "Como é o tom da sua voz? Que jogos prefere? Será que colecciona borboletas?" Mas perguntam: "Quantos anos tem? Quantos irmãos tem? Quanto pesa? Quanto ganha o pai dele?" Só então julgam ficar a conhecê-lo. Se disser às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolo vermelho, com gerânios nas janelas e pombas no telhado...", não conseguem imaginar uma casa assim. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de quinze mil contos".
Então exclamam:"Que linda!"
Do mesmo modo, se lhes disser "A prova de o principezinho ter existido é que era encantador, ria e queria uma ovelha. Querer uma ovelha prova que existe", encolhem os ombros e afirmam: "Criancices"!"...
In "O Principezinho", Saint-Exupéry.
Foto: (c) Mariah
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