Foto: (c) Joana
Com facilidade associo as duas palavras, gente e desilusão.
Por acaso ou não, animal algum (leia-se irracional) por momentos me desapontou, fosse lá de que forma fosse. Já os outros, os racionais, fazem-no diariamente. É inato, talvez. É da nossa natureza. Ao contrário dos animais, nós mentimos, iludimos, induzimos, falseamos... somos desleais e arrogantes. Vivemos com dificuldade em perdoar, no cimo de um pedestal de vidro, tão frágil como nós próprios. Inseguros, cobardes, indiferentes, somos complexos nas nossas relações e frustramos com constância as expectativas que os outros, ingenuamente ou de boa fé, depositam em nós...
Banalizamos as palavras, usamo-las à toa, fazemos promessas que sabemos não cumprir... Irascível e calculista, o ser humano na sua essência não é fiável, não reside em si essa inerência...
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