quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"Vida de cadela vale mais do que a dos refugiados"

mesmo num país como Espanha ou Portugal, se publicaria uma notícia como esta...porque só em países como "estes" se estranha que se trate tão bem um animal...o que por outro lado se justifica, tendo em conta a forma repugnante e egoísta de lidar com os direitos dos animais nesta nossa península...



"Iraque. 'Ratchet' foi adoptada pela sargento Gwen Beberg Envergando um lenço com a bandeira norte-americana ao pescoço, a cadela iraquiana Ratchet chegou na terça-feira aos Estados Unidos, para ser adoptada pela família da sargento Gwen Beberg. Esta só regressa a casa no mês que vem, mas vitoriosa, pois com a ajuda de milhares de amigos dos animais e dos media conseguiu que o Exército abrisse uma excepção e a deixasse perfilhar a cadela que salvou de uma lixeira.

Foi em Maio deste ano. Beberg e outros militares resgataram o animal e a sargento logo quis ficar com ela, mesmo sabendo da existência de uma norma que o proíbe. Valeu-lhe o facto de a cadela ter sido incluída na "Operação Bagdad Pups", uma campanha para resgatar animais da Sociedade Internacional para a Prevenção da Crueldade contra Animais. Mais as 50 mil assinaturas de amigos dos animais e o empurrão dos media.


A pressão levou o Exército americano a libertar
Ratchet - depois de a ter apreendido no Aeroporto Internacional de Bagdad - possibilitando a sua transferência para os EUA, em voos comerciais que fizeram esca- la no Koweit e em Amesterdão. A Northwest Airlines, do Minesota, terra natal da sargento Beberg, assumiu todos os custos das viagens.

A notícia, que fez os títulos dos principais jornais e cadeias de televisão norte-americanos, terá deixado certamente perplexos os 25 milhões de civis que ainda vivem no Iraque e os 4,7 milhões de refugiados e deslocados internos que a violência dos últimos cinco anos já provocou. "O mais triste é que não só milhões de iraquianos invejam a sorte da cadela, como as suas sortes não merecem títulos naqueles mesmos media. Nas agências, nos jornais e nas televisões apenas se menciona que nas últimas 24 horas morreram 15 pessoas", escreveu Mónica G. Prieto na edição online do El Mundo."

Diário de Notícias |

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