quinta-feira, 21 de julho de 2005

Que estranha forma de vida...

Muitas são as definições que usamos para classificar a sociedade em que nos integramos, uns dizem que se trata de uma sociedade consumista, outros falam de uma sociedade de brandos costumes, outros referem ainda uma sociedade politicamente apática...eu diria que a palavra correcta é: individualismo! Uma realidade inegável, vivemos em função do hoje, em função do eu.
Não conhecemos o vizinho do lado, nem queremos conhecer, não sabemos dos seus problemas e pedimos por favor para não nos falarem deles, pois caso contrário, teremos que esperar que os outros se preocupem, mas os outros estarão ocupados com o seu egocentrismo, com o seu micro-mundo, não terão disponibilidade nem interesse, nem vontade para o querer saber, e portanto, o que faremos? O que faremos com o desinteresse dos outros, com a nossa consciência, o que faremos com esse peso pesado que nos interrompe o viver?
Deparamo-nos então, com a derradeira evidência - é tão mais fácil viver no desconhecimento, sem causas, sem abrangências, sem outros afectos, que não os do nosso pequeno e insignificante umbigo!...Que estranha forma de vida!

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