sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Na iminência de 2006...

"Tudo aquilo que se tem, é tudo aquilo que se dá!"
SEJAM SOLIDÁRIOS! * NÃO PODEMOS MUDAR O MUNDO, MAS O QUE PODEMOS, DEVEMOS!

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(Isto a propósito do ano novo que se avizinha e desta ternurenta foto dos meus cães... Não resisti!)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Pai Natal, este ano vou gritar alto os meus desejos...

Se pudéssemos ter um planeta renascido, com;

Espíritos iluminados,
Almas conscientes,


Borboletas de humildade, lágrimas secas,

A humanidade fluida no mesmo rio,

Líderes” coerentes,
A dor faminta, a tortura vazia,

Conformidade entre espécies,
A ganância pobre, desfavorecida,

A timidez a perder a vergonha de Amar,

A imposição da liberdade,
Inteligências” inspiradas pela emoção de uma canção,

Vitória da declaração dos direitos humanos,
A justiça sem preço,

Um Jesus de novo ressuscitado,
A integridade de mãos férreas,
Eles” a deixar-nos voar sem correntezas...
A democracia de cara lavada,

Preconceitos desfeitos em momentos acabados.

Enfim, sentir que amanhã os sonhos podem ir além da fantasia e ultrapassar barreiras... ainda se pudéssemos.... se a vontade não desistisse de acontecer!...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Recuso-me a aceitar que este seja considerado o maior espectáculo do Mundo!!!

" VEJA as imagens em vídeo de Victor Hugo Cardinali, dono e director do Circo Victor Hugo Cardinali, a picar elefantes na zona dos olhos e da tromba durante o espectáculo de circo. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. "
http://www.animal.org.pt/

"VEJA as imagens em vídeo de Soledad Cardinali, dona e directora do Circo Soledad Cardinali, a chicotear repetidamente um pónei numa sessão de treino filmada secretamente pela ANIMAL-ADI. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. " http://www.animal.org.pt/

"VEJA as imagens em vídeo de um trabalhador do Circo Soledad Cardinali a dar pontapés e bater em póneis enquanto os treina. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. " http://www.animal.org.pt/

"


Trabalhador do Circo Soledad Cardinali a Pontapear e Bater Num Pónei"






"VEJA as imagens em vídeo de dois trabalhadores do Circo Soledad Cardinali a atormentarem um chimpanzé. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. " http://www.animal.org.pt/


"VEJA as imagens em vídeo de um trabalhador do Circo Soledad Cardinali a esbofetear um burro. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. " http://www.animal.org.pt/

"VEJA imagens em vídeo de cavalos severamente mal tratados no Circo Chen, no Circo Americano, no Circo Atlas e no Circo Dallas. Envie um e-mail para crueldadenoscircos@animal.org.pt e receba o vídeo na resposta. VEJA-O e DIVULGUE-O o mais possível. " - http://www.animal.org.pt/

- "VEJA Imagens de Animais com Distúrbios Comportamentais Graves em Vários Circos Portugueses"

http://www.animal.org.pt/

- "Degradante como os Ursos são Mantidos em Diferentes Circos Portugueses " http://www.animal.org.pt/

Como se pode compreender que haja quem pague para assistir a este "espectáculo" que só defino como degradante...haja quem pegue nas suas crianças e as leve a aplaudir e aceitar como sendo o circo - as torturas desumanas a que estes animais são sujeitos para entreterem os nossos tempos de forma anti-natura... O ser humano não deveria ser pautado por esta índole, não é isto que caracteriza o nosso comportamento e o distingue dos restantes animais!

Não pactuem com esta miséria a que chamam de maior espectáculo do mundo, recusem a entrada num circo que exiba como atracção, as habilidades forçadas de inocentes animais que tiveram a infelicidade de um dia nascerem escravos da ignorÂncia e prepotência humana!...

"Renas em Circos
No passado dia 23 de Outubro a LPDA foi contactada por uma agência de organização de espectáculos para crianças a propósito do uso de renas para um show de Natal.

Para além do uso de animais para espectáculos constituir uma violação dos seus direitos e do seu bem-estar, a agência foi também alertada para os perigos para a saúde pública e do impacto negativo na educação humanitária deste tipo de acções.

No dia seguinte a LPDA foi informada pela directora do espectáculo de que o mesmo será reformulado e que será usada uma alternativa à presença de animais. Uma pequena vitória para uma época (quase) natalícia em que os circos voltam a estar cheios, milhões de perus e outros animais são abatidos para as festividades, as lojas enchem-se de casacos de peles, há uma correria às compras de produtos eticamente inaceitáveis...

Com esta pequena acção reduzimos o número de animais vítimas de sofrimento numa suposta época de paz e amor!

Dr. Alexandra Pereira

Voluntária e veterinária da LPDA"

http://www.lpda.pt//index2.htm

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Porque não encontrei melhores palavras em mim...

"A noite não tem braços
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.

Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

A estrada ainda é longa,
Cem quilómetros de chão,
Quando a espera não tem fim,
Há distâncias sem perdão.


Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,

Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti.

Navegas escondida,
Perdes nas mãos o meu corpo,
Beijas-me um sopro de vida,
Como um barco abraça o porto.

Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti,
Matam-me os dias,
As mãos vazias de ti."

Para alguém que um dia me abraçou como se abraça o tempo ...

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Homossexualidade - o preconceito de uma assimetria...

Foto:"X. Maya"
Interessante como os outros ganham dimensão e interesse quando nos "merecem" que lhes apontemos o dedo. Parece-nos sempre tão fácil acusar, rotular e discriminar, como se todos nós não tivéssemos telhados de vidro. Nunca coube no meu âmbito de compreensão o porquê da diferença constituir, usualmente, uma ameaça... (Mas uma ameaça a quê???) o porquê do preconceito, do cinismo e da hipocrisia se sobreporem ao campo dos afectos e da razão? Não seria de mais utilidade se apenas coexistíssemos e tão simplesmente abraçássemos como valor maior o respeito pelo espaço e liberdade de outrem? Concerteza que a capa da nossa integridade/dignidade seria também salvaguardada.
Faz-me impressão que alguém seja diminuído ao nosso olhar, só porque a natureza quis que a sua orientação sexual fosse distinta, não se tratando de uma escolha pessoal ou de uma doença física ou psíquica, será apenas uma "desigualdade" imposta, ou talvez uma originalidade divina !?...

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

The Beautiful People!

Foto: "Marleninha"
As pessoas, por norma aborrecem-me, principalmente aquelas cujos discursos são recorrentes e nada acrescentam à nossa história. O que me fascina realmente é aquele indivíduo capaz de revelar essência, dono de uma sabedoria detentora do "know how" da vida, explicado talvez pela idade da experiência. Fico simplesmente cativada e deliciada pelas horas devoradas na companhia de tais seres, posso viajar ao sabor do conhecimento com causa, ao sabor das ideias, dos sonhos concretizados, da filosofia e política pragmática, poderei, porventura, jogar em antecipação e dar um passo à frente do futuro, compreender que as palavras têm significado e que as promessas são honradas, os valores acreditados e a fé pode não ser um dogma, que os homens erram e as mulheres suportam metade do céu... A humildade constitui a força crua da convicção e a simplicidade, bem como a inteligência, fazem brilhar o colorido destes espíritos. Eles são, afinal,"the Beautiful People"!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

CHOCANTE, MAS BRILHANTE!!!


"TBWA Paris"

"TBWA Paris"

"Não trate os outros como não gostaria de ser tratado"
..."Um dia muito mais pessoas irão entender o sentido dessa frase e que uma evolução natural passa por mudança de hábitos há tanto tempo praticados de forma insensata. Mas tudo bem, senão vai por bem, vai por mal."...

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

A triste poesia de ser actor...

Onde páram os actores de verdade?!
Foto:"Vitor Dias Ferreira"
Começa a cansar ir ao cinema, teatro, olhar a TV e ver pouco mais que um desfilar de palmo e meio de caras bonitas na tela. Quem disse que a representação se destina a ser a ocupação de manequins na pré-reforma? A representação é uma arte subliminar, não é suficiente saber caminhar por uma "passerele" e ser fotogénico... O talento é inato, mas a técnica faz o saber expressar emoções, ideias, vivências muitas vezes estranhas às experiências pessoais.
A formação,o conhecimento, a bagagem cultural, são pressupostos fundamentais.

Os artistas que se completam, neste conjunto, são aqueles que preenchem fileiras no desemprego (papel ingrato). Tenho dificuldade em compreender os critérios de escolha dos directores, produtores ou realizadores de peças,...valerá o conceito de usar e deitar fora?
S
im, porque não assistimos ao desempenho da qualidade que assegura longevidade e
consistência, muito menos ameaço de carreiras.

Enfim, entristece-me, a realidade de pessoas ombreadas por uma genialidade arrecadada em armários esquecidos...

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

O País do Surreal!!

Quando a Sr.ª Fátima Felgueiras (entre outros senhores) ganha por maioria a Câmara Municipal de Felgueiras, nas eleições autárquicas de ontem... só me ocorre pensar que algo de muito podre acontece no "reino". É por estas alturas que ser português me envergonha e, se dúvidas houvesse, agora a evidência fala por si: vivemos num país de terceiro mundo, onde a corrupção domina e se impõe com o aval da democracia!... http://criticomusical.blogspot.com//

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Assim vai Portugal!!

Por vezes, questiono os resultados daquela nossa florida revolução... Fariam os responsáveis, os lutadores e, porventura, sacrificados da mesma, ideia de que, ao fim de trinta anos após a implementação da ideal democracia, iríamos assistir à inércia de uma instituição chamada justiça e passividade de um povo tão "inoportunamente" brando nos seus costumes, face a escândalos como o que constitui as candidaturas às autárquicas deste Portugal, de indivíduos sujos pela corrupção e má conduta?...
Que cegueira é esta que "tolhe" os valores e rectidão de carácter desta nossa nação?! Recuso-me a aceitar esta leveza na tolerância que nos assola... Vivemos tempos ingratos, que jogam em vão o fundamento de um sonho, acreditado a 25 de Abril do ano de 1974.
A nossa geração merece mais e melhor!... Pois fomos educados a crer que valeria a pena expressar a nossa vontade na língua de Camões. Acalento ainda a esperança de testemunhar, o erguer da dignidade de um orgulhoso país, que dá pelo nome de Portugal...Sou talvez uma optimista!

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Cultura, a quanto obrigas???

Foto:"Luis Vieira"
Houvesse alguém capaz de me explicar como se pretende que o usufruto daquilo que se faz em Portugal, em termos culturais, seja, nada mais que uma mera alucinação. Diz-se que em detrimento do cinema, seria útil a escolha por uma representação teatral, ida a uma galeria de arte - visionar um exposição ou mesmo atentar os museus... sim senhora, talvez pelo caminho concordasse, não fosse o facto de um bilhete para assistir a uma sessão de cinema, custar 5€ e uma entrada no teatro ficar pela irrisória quantia de 15€, o desequilibrio é evidente (para já não falar nos concertos de música, nomeadamente a ópera - absolutamente inacessível). No contexto sócio-económico em que nos integramos, como podemos nós darmo-nos a estes luxos?!
Os livros centram-se num outro estigma, apela-se à leitura, ao conhecimento, e quando somos impelidos por aquela vontade exacerbada de adquirir o tal romance, o tal escritor, deparamo-nos com aquele impune obstáculo que se determina por mais de 15€ + IVA cada. Nem mesmo as promoções lhe valem... É caso para se dizer: "assim vai a amargura da nossa cultura".
Esta não é, definitivamente, a melhor forma de combater o marasmo que tende em instalar-se no intelecto de um país, subjugado por uma pesada herança que teima em perder-se pelo desinteresse... pelo comodismo de uma elite.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Crash - Uma dura realidade...


"Crash
Ano: 2004
Realizador: Paul Haggis
Actores: Don Cheadle, Sandra Bullock, Matt Dillon, Brendan Frasier
Continuando numa de filmes sérios, e sem desancar ou aparvalhar, segue-se esta magnífica e actual obra de Paul Haggis, realizador que se aventurou no cinema após longa carreira na televisão, e que agora, pelos vistos, espalha talento por Hollywood fora, como uma cadela com o cio a espalhar ferormonas.Realizado, escrito e produzido pelo dito, esta obra reduz-se a duas palavras: preconceito e estereótipo. Mas trata uma temática bem mais vasta pois, ao analisar "à lá Pulp Fiction" as histórias separadas de diversas pessoas, escrutiniza ao detalhe a extrema complexidade de cada ser humano e a suprema dificuldade que ele tem em coexistir com o vizinho do lado, se ele não compartilhar a sua raça, crença ou religião. Ao mesmo tempo, estirpa com precisão cirúrgica o quão erróneas podem ser as primeiras impressões sobre determinada pessoa, analisando "o lado de lá" e mostrando que, por vezes, esse lado pode não ser o que aparenta ser. Mas por vezes também é.Cinematicamente, tudo está alinhado e afinado pelo melhor diapasão. O elenco é escolhido a dedo, Don Cheadle está a um nível oscarizável, Brendan Frasier é ressuscitado... até Sandra Bullock parece boa actriz! De referir o "cameo" de Tony Danza, desaparecido há muito destas lides. Todos sabem o seu papel e todos o desempenham com naturalidade, fluidez e eficácia, fruto de um argumento e de uns diálogos realmente bons.Em termos de estrutura, aproxima-se muito do excelente Magnólia, e ao qual também não falta uma "chuva de sapos" perto do fim.No geral, é uma história de realidade, de vidas, de seres, de pessoas intrincadas, onde sobressaem ódios estereotipados e sentimentos mesquinhos para com o próximo, em vez de uma saudável convivência geradora de evidentes benefícios para o futuro da espécie humana.Mas não é um filme pessimista. Aliás, acaba por ser uma história de redenção, ao mostrar ao espectador que as circunstâncias da vida podem fazer com que os "pretos" não sejam todos ladrões, os "árabes" não sejam todos terroristas ou que os "mexicanos" não sejam todos ressabiados preguiçosos, e que, acima de tudo, não devemos deixar que quaisquer diferenças possam ser geradoras de atritos. Aceitemos o próximo tal como ele é, com as suas virtudes e defeitos, porque a vida é muito curta para ser desperdiçada...
O melhor: A cena do filme que ilustra o poster deste post.
O pior: Não reparei em nada de importante...
Veredicto: Para ver e pensar bem no que andamos aqui a fazer."
(Do especial Edgar)

quinta-feira, 8 de setembro de 2005

O manifesto do inconsciente...

Se tivesse optado pela medicina, seria psiquiatra, porque no corpo humano, o cérebro é a parte que mais desperta o meu fascínio...A complexidade do funcionamento, o mistério que encerra, o domínio que impõe sobre o nosso desempenho, as fronteiras ténues traçadas entre a loucura e a sanidade, a tristeza e a alegria, a calma e a ansiedade, a fantasia e a realidade...tudo se encontra sob a alçada do seu arbitrio.

O inconsciente, define a inacessibilidade e a genialidade de uma matéria completa. Este, anuncia-se através das formas menos palpáveis: os sonhos - metáforas de uma possibilidade irascível... e a intuição - fruto da sensibilidade bruta. Vejo a intuição, como a capacidade de oscular a um ponto extremo, a mensagem emitida por um estado irreflexo. Arriscamos uma ideia, um acto, cuja determinação desconhecemos, mas assumimos a certeza de um pensamento coerente, objectivo, capaz de afectar uma decisão. Julgo que, algures por aqui, se traça a ponte entre o mundo que rodeia a razão e a envolvente da percepção. (Sem consistência cientifica, esta é apenas, a minha visão do tema em abordagem)Seja qual for o nível de entendimento, é efectiva a certeza de que é no âmago da referida massa (cinzenta), que a essência do nosso ser se mostra como o paradigma da nossa existência.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Touradas, espectáculo de sangue!

Em nome de?

...de uma tradição cruel
...de um prazer primitivo
...de um triste querer
...de um "divertimento" egoísta
...de um déficit emocional
...de um tempo frívolo
...de uma "tacanhez" cultural
...de uma incoerência mental
...de uma paixão inglória
...de um relativo humanismo
...de uma luta desigual
...de um espectáculo de sangue imoral!...

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Por momentos o "Sudão"...


"Shame on you, Mr. George Bush!"
Um país que se auto intitula como o exército de salvação do mundo, não consegue fazer face a uma catástrofe natural no seu próprio território(TRATADO DE KYOTO JÁ!)?!...deixando transparecer imagens de terror e decadência humana, um cenário a que nos habituamos a assistir em África/Ásia e que tão energicamente sua ex.ª diz ser necessário combater...
"Shame on you"!

terça-feira, 30 de agosto de 2005

Anos 80, uma mão cheia de ilusões...

Entrar na adolescência nos anos 80 teve o seu quê de ambiguidade. Por um lado, a vida despreocupada de quem tem como missiva do dia o brincar na rua, por outro, o medo que acalentava, porque alguém na altura me falou na bomba atómica e sua ameaça (sustento da guerra fria). Sonhava com isso e achava que o amanhã não iria chegar. Enfim, lá ultrapassei esse tormento, talvez devido ao despertar de interesse pela música, pelos livros e com isso ocupava o espirito...
Sem saudosismo lamecha, recordo a escola, os amigos de então, tardes passadas a pensar no nada, as primeiras saídas nocturnas aos 16 anos de idade (recorrendo, para o efeito, a subterfúgios e mentiras) com horário de regresso marcado sem flexibilidade, os colegas que fumavam os primeiros cigarros, bebiam as primeiras cervejas e assistiam aos primeiros concertos, para mim tudo era uma miragem...
A segurança pairava num marcado ambiente urbano, as "playstation" eram ainda o projecto de alguém, os computadores algo aliciante, os DVD's uma ideia, tinha a liberdade e o prazer de desfrutar dos espaços abertos, de rebolar na terra, de subir às árvores, de pisar a erva e mergulhar nos rios (ainda) limpos. A casa não era o destino eleito para o após aulas, nem os meus pais corriam atrás de mim, como se de uma jóia de vidro se tratasse e que estivesse na iminência de partir ou desaparecer...
Vivi na inocência de quem dá pequenos passos e vai tropeçando na escalada do percurso do nosso crescimento. Gostei da rebeldia que marcou um período de audácia.
Olhando à rectaguarda, penso que deveria ter aproveitado mais, sugar o tutano à vida. Naquela época, achei que teria tempo para o fazer. Mas sabem, só se sente o nirvana às coisas nos momentos exactos, e só ali faz todo o sentido. Depois disso, não é perfeito, o encanto desvanece e a ilusão cai no vazio.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

"Deus morreu", Nietzsche

Sempre me fez pensar, ouvir dizer: "sou católico, mas não praticante". Como se pode ser cristão não praticante? Penso tratar-se de uma resolução de contra-senso. Isto porque, se rezamos ou evocamos Deus, se somos baptizados ou se casamos pela igreja...estamos a agir em conformidade com as leis do catolicismo.
Apesar de não marcarmos presença assídua nas capelas, ou a Igreja como instituição (na nossa actualidade) não afirmar grande sentido, a verdade é que se acredita em algo que transcende tudo isso...Essa consistência (não obstante a ideia parecer, por si só, abstrata) que o nosso interior sabe existir, contrariando Nietzsche na sua "tese" sobre Deus...Assim sendo, encontramos na nossa razão a substância que concretiza e materializa o que sabemos ser um espirito absoluto.
Ainda que, por vezes, não compreendamos os seus desígnios e voltemos a questionar o sentido desta temática, a complexidade do universo e onde encaixa a nossa personagem neste enredo a que chamamos vida.
A fé, contudo, recoloca-nos nos trilhos de uma lógica pragmática - a harmonia e o equilibrio de todas as coisas está segura pela mão de um Deus maior... Mas será assim tão simples, tão linear?...

quarta-feira, 17 de agosto de 2005

"Vertigo Tour" em Alvalade, absolutamente arrebatador!

Dia 14 de Agosto de 2005, inesquecível!
"Bono é um Deus e os U2 a minha religião", este era o slogan patente no cartaz de um entre os milhares de "discípulos", que marcavam presença em Alvalade. E claro, também eu lá estava como fiel seguidora, assistindo perplexa e sempre surpresa ao maior espectáculo do mundo - os "Deuses" que brilhavam no Olimpo.

Admito que a perfeição não foi a tónica dominante, o som, a meu ver, apresentava falhas e o cansaço era por demais sentido, não só visível na "performance" dos 4 fantásticos(que acusavam o final de uma exaustiva digressão europeia) mas reconhecido ainda nos corpos dos fãs, maçados pelos quase 40 graus que se fizeram sentir, ao longo daquele escaldante dia...

Não assistimos, como há oito anos atrás, a um deslumbre de acontecimentos cénico/visuais (aquando da Pop Mart), mas a referência e despertar para questões de carácter social/cívico e político eram constantes.


O delírio geral de uma audiência encantada fazia transparecer o rubro de emoções não contidas por vozes sempre "gritantes", das forças quase findas, que ao começo de cada música tinham que renascer pela obrigatoriedade que a arte impõe.

Não tenho palavras para mais dizer, a não ser que a memória já acusa em mim uma saudade, já só espera com ansiedade assistir de novo ao desfilar de canções ditas pela alma e sentidas pelo coração... "All because of you"!


segunda-feira, 25 de julho de 2005

O nosso maior medo...

...“O nosso maior medo não
é de sermos rejeitados

O nosso maior medo é de sermos
poderosos além da compreensão

O que mais nos assusta é a nossa
vida e não a escuridão

Não nos devemos encolher e sermos
submissos para que gostem de nós

Devemos brilhar como as crianças

Isso está dentro de todos e
não apenas de alguns

E brilhando, faremos com que
outras pessoas sigam o nosso caminho

pois nos libertaremos dos
nossos próprios medos

A nossa presença automaticamente
libertará os outros.”...




No fundo o que mais importa, é aquilo que damos e recebemos dos outros, é a isto que tudo se resume!

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Que estranha forma de vida...

Muitas são as definições que usamos para classificar a sociedade em que nos integramos, uns dizem que se trata de uma sociedade consumista, outros falam de uma sociedade de brandos costumes, outros referem ainda uma sociedade politicamente apática...eu diria que a palavra correcta é: individualismo! Uma realidade inegável, vivemos em função do hoje, em função do eu.
Não conhecemos o vizinho do lado, nem queremos conhecer, não sabemos dos seus problemas e pedimos por favor para não nos falarem deles, pois caso contrário, teremos que esperar que os outros se preocupem, mas os outros estarão ocupados com o seu egocentrismo, com o seu micro-mundo, não terão disponibilidade nem interesse, nem vontade para o querer saber, e portanto, o que faremos? O que faremos com o desinteresse dos outros, com a nossa consciência, o que faremos com esse peso pesado que nos interrompe o viver?
Deparamo-nos então, com a derradeira evidência - é tão mais fácil viver no desconhecimento, sem causas, sem abrangências, sem outros afectos, que não os do nosso pequeno e insignificante umbigo!...Que estranha forma de vida!

sexta-feira, 8 de julho de 2005

O Mundo em S.O.S.!

Onde tudo pode acontecer, já nada é salvaguardado. Parece-me tudo tão frágil, pouco do que parece é... Os líderes políticos (governantes) atropelam-se em favores e "arranjinhos" de interesses, ficando a verdade das coisas escondida por trás das palavras construídas pelo artifio dos entendidos. A corrupção ataca por todas as frentes, tornando-se um monstro de tentáculos longos e escorregadios, que escapam por entre os dedos daqueles que dizem basta, - queremos a justiça que a democracia proclama!

Países soberanos são ocupados em função das teorias vazias do ocidente, quando se sabe que o cinismo e a hipocrisia, são vocábulos de ordem na boca dos homens que falam em nome dos inocentes... O medo é cada vez mais uma condição ditada pelo terrorismo, que se faz sustentar por causas que o indivíduo ganha e a liberdade perde.

A pobreza e a desigualdade entre os povos impõe-se, na terra daqueles que fecham os olhos e seguem caminho, sem repararem nos rostos, cuja angústia está traçada, como se do destino se tratasse. Curioso... é o facto da vida humana adquirir um valor tão diferente, quando falamos do continente africano ou asiático. Parece que essa não é uma vida tão válida. O tempo passsa e nada muda!...
..."How long must we sing this song?"...

quinta-feira, 30 de junho de 2005

"Um país ou uma civilização podem ser julgados pela forma como os seus animais são tratados. "

Como podemos nós, cuja característica inata se define como humanos, ser tão bárbaros, como podemos nós ser tão cruéis ao ponto de assistirmos de braços cruzados ao esfolar (chacina) de animais vivos em função da nossa inútil vaidade, sim, porque todos somos culpados, se usas qualquer tipo de pele (lã) és culpado!
http://www.petaenespanol.com/cmp/leth1.html www.animalactivist.com/clothing.asp
http://www.jlodown.com/

Depois designers de moda há que desculpam os seus erros com os erros dos outros, para justificarem os seus interesses financeiros, num acto de pura e simples cobardia...

E quem dera fosse apenas isto, mas não, este é apenas o princípio relativo às atrocidades, seguem-se então os "grandes acontecimentos" circenses que utilizam como atracção os tristes animais, chicoteados e "conservados" em jaulas sob condições inacreditáveis (tal e qual como presenciei uma destas férias de Verão, estava eu muito bem instalada num qualquer restaurante em Vila Nova de Milfontes, quando me apercebo que tenho como vista panorâmica nada mais do que um peludo urso a agoniar ao sol, a uma temperatura de trinta e muitos graus - pleno mês de Agosto atrás de umas grossas grades de ferro. Pertencia a um circo, perdi de imediato o apetite)... Falamos portanto, de animais selvagens completamente deslocados do seu habitat, passam fome, sede, são acorrentados e obrigados contra natura a executarem habilidades. É a isto que chamam de maior espectáculo do mundo!?
http://www.animalactivist.com/entertainment.asp

Para já não mencionar os jardins zoológicos e "tanques gigantes" que, para mim, são apenas "prisões sem piedade"...

Outra coisa que tento compreender, em vão, é porque queremos nós adquirir cães para aprisionar a uma "corda" de metal por toda uma vida. Que fizeram eles para cumprir penas (castigos) de prisão perpetua e sem direito a condicional?
Não permita que o seu cão se torne um sem abrigo...
http://www.helpinganimals.com/feat/independence/










F
icaria por aqui a levantar múltiplas questões de forma continuada,inquietar ou não consciências, mas poderia não me sobrar espaço de escrita. Contudo, não posso dar fim a este meu pensamento sem referir as experiências laboratoriais em animais... é possível diariamente enfeitarmos o nosso rosto e ego com produtos (cosméticos e afins) que são tão desumanamente testados em animais, como se de objectos inanimados se tratassem, de forma a alimentar os "lobbys" perante a nossa conivência.
http://www.animalactivist.com/testing.asp
http://www.pelosanimais.org/recursos/lista.php
Existem alternativas, pois podes recorrer a marcas comerciais que NÃO o fazem!...

terça-feira, 28 de junho de 2005

E se?...

Já todos pensamos um dia e se?
E se tivessemos nascido em outra cidade, um diferente país... e se os nossos pais não fossem estes... e se o(a) companheiro(a)fosse outro(a)... e se o "curso" que tiramos não fosse este, e se os amigos fossem outros... E se tivessemos lido outros livros, escutado outras músicas, visto outros filmes... E se tivessemos mergulhado noutros mares, cheirado outras flores, pisado outras folhas... e se gostássemos de outras cores, de outros poetas e se o caminho da viagem não fosse este, e se outro fosse o comboio... E se o sentir a chuva não fosse imprescindível e a sensação da brisa tão agradável, e se o sol não fosse a luz que brilha mais alto e os sonhos a maior ilusão... Seria a nossa vida igual, o que a condiciona?
As nossas escolhas, o acaso ou o destino... E se?!...

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Ser passivo...

Não consigo perceber o porquê da passividade patente no comportamento do cidadão comum residente em Lisboa e periferia face aos múltiplos assaltos,isto quando, nos comboios se sucedem furtos a pessoas perante a inércia de outras.Eu sou natural da cidade do Porto, vivi por lá toda a minha vida, estou em Lisboa há já alguns meses e chego à conclusão de que realmente as duas cidades são por absoluto diferentes...Não imagino a ocorrência de todo este cenário no Porto.
Acredito que os presumíveis autores dos furtos não fugiriam com tanta ligeireza e boa saúde,talvez porque penso que a gente do Norte é bem mais espontânea (e não tão politicamente correcta),julgo que na capital as pessoas são em demasia controladas e amorfas.

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Ou palavras livres...

Porquê mais um Blog?
Acho que pela necessidade de expressar o que sinto em relação à realidade em que nos inserimos, mas talvez e também partilhar e discutir ideias.Porque apesar de vivermos numa
pseudodemocracia uma coisa podemos dar como certa(ainda?), a liberdade das palavras...