sexta-feira, 7 de abril de 2006

Tempos que correm.

Foto:(c) Frederico Wanis
...À semelhança do efémero, nada se apresenta com o intuito de valer para o futuro. Tudo é de “consumo” imediato, até mesmo os livros e os casamentos, que se fazem para o hoje e rápido. A minha geração tem aquela pressa em viver de forma compactada, sem paciência ou interesse em esperar ou saborear... Arriscamos na expectativa do que vem a seguir, sem no entanto assumirmos a consciência do presente. Desistir e prosseguir se aborrece ou não estimula. “Não tenho tempo!” é a expressão que mais usamos, não fazendo contudo, algo de realmente frutuoso com esse tal tempo. A isenção de originalidade impera, pois corremos todos para o mesmo lado, na generalidade temos as mesmas ideias, teorias, vemos os mesmos filmes, viajamos para os mesmos lugares, seguimos as mesmas modas, usamos as mesmas máquinas, ouvimos as mesmas músicas, lemos os mesmos jornais, ansiamos as mesmas profissões, o mesmo sucesso e promoção, damos aos nossos filhos os mesmos nomes, os mesmos brinquedos e educação sem nunca sequer olharmos para o lado, enfim, o egoísmo é a filosofia das massas que mais ordena numa sociedade onde rapidamente “isto e aquilo” se torna obsoleto.

Em tempos a “vida” existia para durar, actualmente, existe enquanto dura!...

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