sábado, 14 de janeiro de 2006

Amarras que o coração tão bem escreve...

As amarras de amar nos histórias de encantar;

Quando nos prendemos ao mundo.
Quando agarramos a vida.

Quando dizemos com ternura a palavra mãe.
Quando sentimos a beleza do mar, a asa da liberdade, a solidez da terra.

Quando as folhas cobrem de verde a face do mundo.
Quando o sol se levanta e não queremos que se deite e se perca num momento.

Quando a lua quase rebenta de luz e o escuro da noite empalidece.
Quando as estrelas brilham nas marés do céu.
Quando um olhar acaba em nós.

Quando um sorriso se agarra como a âncora ao chão.
Quando as palavras dos poetas se mostram como as velas de um barco.
Quando o toque se desfaz em magia.

Quando a serenidade da lembrança não se desnorteia pelos caminhos da cidade.
Quando o desejo não se perde pela loucura.

Quando a felicidade é a ambição da eternidade.
Quando te revelas o perfume de alguém.

Quando o orgulho não nos tolhe os sentidos.
Quando a sensualidade se torna num suspiro da pele.

Quando a esperança anseia pela paz.
Quando a madrugada chama pela manhã.

Quando um beijo é como uma ilha no gesto de um instante.
Quando preenches o nada de outra alma.

Quando o Outono é apenas uma estação de transição.
Quando o amor avança sem medo de falhar!


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(c) Jorge Palma

"Quando olhas para mim e vês o que eu vejo"... já é tanto para esta noite, quero parar, mas não consigo, quero apenas voar, sobrevoar o monte, o planalto, sentir os cheiros, o vento, não desistir e entender o mundo, entender o que pensam os homens dos seus silêncios?...

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