

Pulguinha
"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo."... Johnny Welch
Ontem você viu o outdoor da MINI, que reconhece os donos de um carro da marca e exibe mensagens personalizadas. A idéia é genial, mas acha que a execução ainda é arcaica para um "Minority Report"? Então espere para ver as tecnologias inovadoras que estão sendo desenvolvidas pelo Google e pela Microsoft, e que certamente irão revolucionar a propaganda "out-of-home", um mercado que movimentará cerca de 7.4 bilhões de dólares em 2007 só nos EUA.
O Google, que já transformou a publicidade online usando simplesmente texto, registrou a patente de um sistema de outdoor digital, capaz de atualizar em tempo real de acordo com o estoque das empresas e outros fatores. Exemplo simples: uma loja de DVDs faz um painel anunciando os últimos lançamentos, caso um dos produtos acabe no estoque, o anúncio no outdoor é automaticamente substituído por outro.
Também dotados de touch-screen, esses painéis irão mensurar o que podemos chamar de "taxa de toque". O consumidor vê o produto na tela e pode conseguir mais informações tocando no anúncio. Além disso, com essa tecnologia, o Google quer fazer o AdSense funcionar nas ruas. Os anunciantes enviam suas peças para um servidor, que as exibe em painéis digitais de acordo com a localidade e tráfego.
Já a Microsoft, com sua divisão AdCenter, levou "Minority Report" ao pé da letra: equiparam painéis digitais com uma tecnologia de reconhecimento de face. Uma câmera "lê" 129 pontos no corpo de uma pessoa, identificando sua idade, sexo, altura e peso para exibir anúncios demograficamente e criativamente direcionados. Em testes feitos pela empresa de Bill Gates, o sistema teve 90% de eficácia, que vai permitir também interação com o usuário.
A miríade de possibilidades que se abre com essas tecnologias é inimaginável, seja na mídia exterior ou proporcionando uma experiência de compra dinâmica e intuitiva. Logicamente, levarão ainda alguns anos para que tudo isso esteja funcionando adequadamente, mas não há dúvidas de que é o fim da linha para o mundo da publicidade off-line estática.
Por essas e outras, tenha certeza, não é exagero dizer: se alguns filmes não tivessem existido, o mundo não seria o mesmo."
Fonte: Brainstorm