quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Distâncias partidárias

"Quando Cavaco abandonou o governo, em 1995, estava farto do PSD. Quando Guterres deixou o governo em 2001 queixou-se "do pântano", e estava também a falar do seu partido. Treze anos depois, Cavaco continua farto do PSD e Guterres distante de um regresso à vidinha no PS. Periodicamente, há gente que se afasta e deixa no ar suspeitas sobre "o pântano" ou sobre "a política". Em qualquer dos casos queixam-se do "centrão", uma espécie de "organização secreta" que deixa a sua marca em todos os grandes negócios do regime e que dilui todas as diferenças entre os dois maiores partidos do sistema. Só assim se explica que Dias Loureiro tenha elogiado Sócrates na apresentação de uma biografia do primeiro-ministro e que as presidências dos bancos sejam ocupadas com um emblema ou outro."

Crónicas de Francisco José Vieira

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