


"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo."... Johnny Welch
O homem que lhes vendia os cães é natural da cidade de Cáceres era dono de um centro de venda ilegal. Comprava cães com pedigree a Eslováquia, transportava-os, com menos de seis meses, de camião pela Europa, e vendia-os ilegalmente em Espanha, de acordo com o site do jornal espanhol ‘ABC’.
Se algum comprador manifestasse interesse no pedigree, tinha de pagar mais 200 euros por um certificado ilegal. Muitos até apareciam como vacinados antes do seu nascimento e as autoridades espanholas suspeitam que os guardava no congelador para que o fornecedor eslovaco o recompensasse com dinheiro ou outros animais.
No prazo de um ano terá, alegadamente, recebido cerca de 365 mil euros pela venda dos animais, que apresentavam malformações e aos quais dispensava cuidados sanitários precários, causando a morte a muitos deles.
Quando a Guardia Civil espanhola desmantelou o local, deparou-se com 75 cães vivos, de diversas raças, em 58 jaulas e cerca de cem cães congelados. O vendedor foi detido e acusado de calote, inclusão profissional, porte de documentação falsa e contra a ordenação do território e investigam-se delito fiscal e maltrato de animais."
"Ex.mos Senhores:
Temos constatado no centro veterinário que algumas das adopções não se concretizam porque simplesmente os potenciais adoptantes têm receio do comportamento que o animal possa adoptar ao chegar a casa. Por outro lado, vários Munícipes gostariam de acolher um animal mas não possuem tempo disponível durante a semana.
Assim, para preencher estas lacunas e criar maior interacção entre Munícipes de Valongo e animais do centro veterinário lançamos uma nova iniciativa de nome "fins-de-semana em casa" na qual, mediante um termo de responsabilidade, os Munícipes podem acolher temporariamente um animal.
Este período de tempo será acordado entre o interessado e o centro veterinário podendo ir até uma semana.
Pensa-se que esta iniciativa será igualmente benéfica para o animal, pois ao ser alvo de uma maior atenção, será melhor cuidado e aumentarão as suas possibilidades de ser responsavelmente adoptado.
Com os melhores cumprimentos,
Dr. Fernando Horácio Moreira Pereira de Melo
Presidente da Câmara Municipal de Valongo"
"Parece que existe uma luz ao fundo do túnel para os 80 cães de Loures...
A Seguradora Groupama solidarizou-se com a situação destes animais e com o sofrimento terrível por que passaram e continuam a passar, e decidiu apadrinhar a esterilização e desparasitação de todos eles, para além de oferecer 3 meses gratuitos de um seguro de saúde SafePet a cada um dos animais.
A única coisa que falta são mesmo adoptantes e FATs para eles, uma vez que a grande maioria continua a viver em jaulas do canil de Loures, incluindo 3 cadelas com ninhadas recém-nascidas. Sabemos quais são as condições em que vivem os animais nos canis municipais e todos os riscos que correm, por isso é mesmo MUITO URGENTE conseguirmos acolhimento para todos eles.
Se considerar a hipótese de acolher um destes animais, definitiva ou temporariamente, por favor contacte-nos para o geral@animaisderua.org ou 96 722 25 11.
Pode acompanhar a evolução da situação dos animais de Loures aqui: http://www.animaisderua.org/
Para já, como podem ver na secção referida, ainda muito poucos animais conseguiram acolhimento. Precisamos muito da ajuda de todas as pessoas, empresas e associações de protecção animal para conseguirmos salvar todos estes animais.
Obrigada a todos pela ajuda que possam dar a estes animais, nem que seja apenas na divulgação deste apelo!
A equipa da Animais de Rua"
Urgente ajudar, são coisinhas absolutamente lindas e muito assustadas, precisam mesmo, mesmo de um dono, soluções para os retirar do canil municipal...? E já agora, um grande obrigada à Seguradora "Groupama", mas que belo e raro exemplo!!!
Os 175 membros da CITES, que se reúnem sob a égide da ONU entre 13 e 25 de março, se preparam para fortes polêmicas sobre a forma de proteger a frágil biodiversidade, cujo valor comercial está na origem de ataques cada vez mais intensos.
Até agora, este fórum era mais conhecido pelas medidas adotadas para restringir o comércio de espécies simpáticas como os grandes felinos, os símios e os elefantes.
Mas, desta vez, pela primeira vez uma espécie marinha - o atum vermelho (Thunnus thynnus) - estará no papel de protagonista.
Apesar das cotas autoimpostas pelos produtores, a pesca intensiva tem reduzido consideravelmente as reservas de atum, fazendo-as despencar em até 80% no Mar Mediterrâneo e no Atlântico Ocidental desde 1970.
Graças a Mônaco, Estados Unidos e União Europeia (UE), cresce a pressão para que este peixe seja incluído no Apêndice I da lista da CITES, somando-o a espécies célebres como o gorila das montanhas e o leopardo da neve.
"Tratar espécies marinhas de grande valor comercial - um negócio de bilhões de dólares - é um grande passo para a CITES", afirmou Sue Lieberman, diretora de política internacional do Pew Environment Group, em Washington.
A indústria pesqueira tem sido responsável por manter reservas de atum vermelho desde os anos 60. No entanto, segundo Lieberman, as populações desta espécie têm caído ano a ano.
"Outros dois a cinco anos de pesca excessiva e elas não se recuperarão", disse Lieberman, em uma entrevista na capital americana.
O Japão, o principal mercado do atum vermelho, se opõe radicalmente à sua proibição e já está mexendo os pauzinhos para bloquear os dois terços de votos necessários para que a proposta seja aprovada. O país também ameaçou ignorar a proibição, caso ela passe.
Outras espécies marinhas serão estudadas para sua eventual inclusão no Apêndice II, que as regula, mas não proíbe seu comércio transfronteiriço.
Estas abrangem oito espécies de tubarão, bem como os corais vermelho e rosado, cobiçados pelos joalheiros.
Tanzânia e Zâmbia, que apresentaram uma moratória de nove anos sobre o comércio do marfim depois de uma venda maciça de reservas por outros quatro países africanos, em 2008, se comprometeram a fazê-lo novamente.
China e Japão, os principais mercados para as presas de elefante, provavelmente apoiarão a medida.
Mas dezenas de outros países africanos, como o provável apoio da Europa, tentarão estender a proibição a 20 anos.
Diferentemente de muitos fóruns de negociação das Nações Unidas, o alinhamento dos interesses nacionais pode evoluir de uma proposta para outra.
Estados Unidos e Europa vêm o atum como uma causa comum, mas não estão de acordo, por exemplo, quanto ao urso polar, caçado legalmente pelos povos indígenas do Ártico, que com frequência vendem a pele do animal. Os Estados Unidos pediram que a espécie fosse incluída na lista do Anexo I.
A China, por sua vez, estará na posição de acusado em várias situações. O fórum examinará uma resolução destinada a condenar a criação de tigres, praticada unicamente na China. O país mais populoso do mundo também é um importante mercado para o marfim e as barbatanas de tubarão.
No caso de muitas propostas apresentadas, alguns poucos países são afetados diretamente, o que cria uma situação na qual as várias partes trocam favores e votos... Ou mais, segundo veteranos da CITES.
"Há corrupção e, naturalmente, há governos corruptos", resumiu Lieberman, uma ex-negociadora americana vinculada à CITES durante mais de 20 anos."
De Marlowe Hood (AFP)