sexta-feira, 30 de março de 2012

"Sapatos de pele: insegurança e escravidão na Índia e no Brasil"

Analisámos a responsabilidade social de 10 marcas de sapatos. No terreno, as condições de trabalho da produção de pele são degradantes e os direitos humanos e dos animais atropelados. A Timberland destaca-se pelas melhores políticas.

Arriscar a vida pela sobrevivência da família é a regra nalgumas regiões do Brasil e da Índia. Mergulhando nas terras longínquas do Mato Grosso, Brasil, ou nas fábricas de curtume do estado de Tamil Nadu, Índia, a viagem entre a criação de gado, o transporte para o matadouro e o curtume das peles mostra-nos a sombria realidade por detrás de uns simples sapatos.




A maioria das marcas de sapatos recorre a fornecedores e mostra-se pouco interessada pelo controlo da política social ou ambiental, bem como pelas fases iniciais do processo, relacionadas, por exemplo, com o bem-estar animal.

Entre as marcas mais conhecidas, a Timberland e a Ecco são as mais responsáveis. A Timberland é a melhor em toda a linha, quer pelas boas medidas, quer pela informação que presta do controlo exercido sobre os fornecedores de curtumes.

Tal como em todas as marcas analisadas, o ponto crítico reside ao nível do bem-estar animal. Com boas políticas e controlo sobre as fábricas de pele, a Ecco também não assume medidas ao nível do fornecimento de peles em bruto e nos ranchos.

Bata, Aerosoles, Aldo, Camper, Foreva, Hush Puppies e Merrel chumbaram na responsabilidade social, pois não evidenciam iniciativas para garantir boas práticas ao longo da cadeia de fornecimento de pele. Nenhuma disponibiliza informação no seu sítio na Internet ou outros canais e recusaram-se a colaborar. 

Fonte: "Deco Pro Teste."

Já existem produtos sintéticos de excelente qualidade, não há porque sustentar estes atentados aos direitos de seres humanos e não humanos.

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