quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Estou sem palavras...!

"Esta é uma notícia publicada hoje no Jornal Terras da Beira!!


O presidente da Câmara da Guarda, Joaquim Valente, afirmou esta semana que o canil municipal não foi criado para ser centro de adopção. As recentes orientações dadas para o funcionamento daquele espaço estão a ser alvo de polémica. No "hi5" de Joaquim Valente podem ler-se vários textos de pessoas a mostrarem a sua indignação sobre a situação do canil e a questionarem o horário de visitas. Há mesmo quem pergunte se a responsável pelo canil municipal vai ou não ser despedida e os motivos que levaram ao encerramento do hi5 do Canil da Guarda, considerado «o meio de comunicação que mais contribuía para o canil municipal da Guarda ser o mais famoso e bem sucedido canil do país».
O assunto foi discutido na passada Terça-feira, na reunião quinzenal do município. A vereadora social-democrata Ana Manso quis saber o que se passava, tendo Joaquim Valente justificado que
«aquele espaço foi criado para ser canil municipal e não centro de adopção» e que chegou agora a altura de serem implementadas determinadas regras. «Não se pode confundir a componente de saúde pública com a de adopção», sustentou, salientando que «o canil visa garantir a saúde pública e implementar o princípio da adopção». Joaquim Valente informou ainda que já reuniu com associações de defesa de animais para serem criadas condições no exterior do canil. Isto faz parte dos objectivos da autarquia. O autarca admitiu que «a forma de comunicação interna teve algumas implicações», estando a decorrer processos disciplinares a funcionários.

http://www.terrasdabeira.com/noticia.asp?idEdicao=623&id=29625&idSeccao=5296&Action=noticia

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Não bastava ter proibido a divulgação dos animais, não bastava impedir que os animais tivessem alguma qualidade de vida reduzindo o acesso ao ar livre por minutos ou por nem sequer terem direito a sentir um ar fresco, não bastava dizer aos munícipes que já não são bem vindos ao Canil, agora põe em questão o optimo trabalho que tem sido desenvolvido no Canil. Será que este Sr Presidente sabe que este ano se chegou às 500 adopções? Será que este senhor sabe do dinamismo que todo o País reconheceu a este Canil? Será que este Sr tem noção do reconhecimento iternacional que tem este Canil? Será que sabe que houve adopções de animais para Coimra, Évora, Elvas, Faro, Lisboa, Porto, Braga, para Espanha e França? Será que este Sr sabe que já recebemos encomendas de coleiras e trelas vindas de Luxemburgo para entregar no Canil Municipal da Guarda?

Se nestes 2 anos foi centro de adopções e dos mais reconhecidos do País porque deixou de o ser? Então o plano de reestruturação é pegar num Canil dinâmico e transformá-lo num Canil de abate? Por acaso os senhores que votam neste Sr para Presidente sabem quanto custa um abate? Sabem quanto poupou a nossa Câmara com a diminuição e abates? Por acaso cão morto dá dinheiro a alguém? Cão vivo ainda dá às Clínicas, morto não sei bem!!!

Na Guarda há a tendência de irmos de "cavalo para burro". Nem sabemos que dizer. Ficamos sem palavras quando se levanta a questão sobre a incompetência dos que "tratam" os animais do Canil e o resultado é o afastamento dos munícipes, o calar de quem ousou proferir a palavra e o destruir tudo aquilo que uniu milhares de pessoas dentro e fora do País.

Ainda dizem que se importam com o bem estar ds animais... não sei se chore se ria. Vão ao Canil e sintam o cheiro que não sentiam há 2 anos. Isso sim é um atentado à saúde pública. Vão ao Canil e vejam como os animais estão aterrorizados. É a competência que lá vai dentro que vem ao de cima. Há indicadores à vista de todos. Vão lá e formem a vossa própria opinião!

Sabem o que vai acontecer? Vejam esta notícia publicada no Interior em 2006 sobre este Canil Municipal:


"Verónica Martins garante já ter recolhido e tratado centenas de cães vadios nas ruas da Guarda. Tudo porque alega haver animais mal tratados no canil municipal, afirmando mesmo que alguns chegam a morrer à fome por não lhes ser aplicada uma injecção letal dentro do prazo estabelecido. Confrontada com estas queixas, Lurdes Saavedra, vereadora da Câmara da Guarda, garante que «é tudo mentira».

A jovem de 23 anos, a quem costumam chamar a «"mãe" dos cães da Guarda», lembra-se de recolher e tratar animais vadios, entre cães e gatos, pelas ruas da cidade «há 14 ou 15 anos». E isto sem receber nenhuma ajuda: «Para além da alimentação, também lhes dou vacinas e pago tudo do meu bolso sem quaisquer ajudas», assegura, contando que alguns desses animais ficam com ela e entrega outros a pessoas conhecidas, mas sempre na condição de «os tratarem bem», frisa. Verónica Martins, que visita regularmente o canil municipal da Guarda, queixa-se de que ali dão banhos diários de mangueira aos cães e que os deixam «dormir nos azulejos molhados», acusa. Por outro lado, garante, indignada, que são dadas rações «muito grandes» aos animais, o que faz com que os cães com seis meses «mal consigam comer, quanto mais as crias com um mês». A jovem estudante dá como exemplo o caso da Minie, uma cadela com cerca de quatro meses que adoptou recentemente depois de a ter visto no canil e que, no espaço de 15 dias, engordou cinco quilos. «Até o veterinário ralhou comigo, porque lhe podia ter dado uma congestão, mas ela tinha tanta fome...», diz.

Segundo um relatório elaborado pelo veterinário que viu a cadela, a que "O Interior" teve acesso, o animal apresentava um «estado geral mau, uma magreza extrema no limiar da caquexia (coluna vertebral e costelas visíveis e palpáveis), uma desidratação em fase de instalação, para além de um estado de nervosismo intenso e medo do contacto humano». De resto, a jovem diz mesmo que no canil dos Galegos «há cães que são só pele e osso. Estão completamente desidratados e desnutridos. Seria melhor matá-los do que deixá-los a perecer naquele estado», denuncia. De acordo com a legislação em vigor, os cães feridos e portadores de doenças graves têm que permanecer oito dias no canil. Findo este prazo, caso não sejam reclamados pelos donos, devem ser abatidos com uma injecção letal para acabar com o seu sofrimento. «O que não acontece na Guarda. Se calhar para pouparem o dinheiro da injecção», critica. As suas queixas não se ficam por aqui. A situação de um cão atropelado e que estava em «péssimas condições» é outro caso a apontar. «Não se conseguia mexer, mas ali ficou e morreu à fome», garante a jovem, que lembra que «há uma lei» que obriga a tratarem dos animais, «mas eles deixam-nos ficar na jaula e, ou morrem por falta de alimento, ou por excesso de hemorragias». Por isso, considera que «uma morte digna não faz mal a ninguém» se não tratam convenientemente dos animais. Verónica Martins diz que o que se passa no canil da Guarda é «lamentável em todos os aspectos», até porque «isto não pode ser visto como uma obrigação, tem que haver gosto em tratar dos animais». A jovem reconhece que as infraestruturas do canil são boas, o problema é que o alimento «é pouco», para além de não deixarem os animais fazerem exercício. «Os funcionários dizem que os cães fazem mal e que mordem, mas isso é mentira», assegura. Aliás, afirma mesmo que os funcionários do canil «são homens já com uma certa idade e não têm sensibilidade nenhuma para tratar dos animais».

Funcionários do canil «têm uma relação muito forte» com os cães

Confrontada com estas queixas, Lurdes Saavedra, vereadora da Câmara da Guarda, assegura que é «mentira» que os animais sejam mal tratados no canil municipal. «Temos um médico veterinário que está afecto ao canil, que vai lá quase todos os dias, e não me passa pela cabeça que deixe maltratar os animais», realça. A vereadora garante que os animais estão medicados e que «é mentira» haver cães a morrer à fome, assegurando que os dois funcionários do canil têm «uma relação muito forte» com os bichos. Em relação ao facto dos oito dias para abate não serem cumpridos, Lurdes Saavedra reconhece que «de vez em quando, os animais estão lá mais tempo», algo que é justificado com uma razão sentimental: «É por pena. Esperamos sempre até à última tentativa que os donos apareçam», reforça."

Ricardo Cordeiro

E para que conste.... um dos tratadores que estava lá em 2006 mantém-se lá hoje!!!

Pergunto-me o que está a acontecer nesta cidade. É uma vergonha!!!


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Qoasmi - Quando Os Animais São Mais Importantes - Guarda"

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